Investimentos e trabalhos contínuos do Governo de Mato Grosso na Arena Pantanal, em Cuiabá, tornaram o estádio palco da elite do futebol e de variados eventos e possibilitou o fortalecimento de clubes mato-grossenses, impactando positivamente a economia local e o lazer oferecido à população. Em 2023, o estádio mantido pela Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT) recebeu importantes competições, que incluem a série A do Brasileirão e Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, e recebeu 400 mil pessoas.
Ao longo do ano, foram realizados 67 eventos no estádio, sendo 42 partidas de futebol. Uma delas foi entre Brasil e Venezuela, pela terceira rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo 2026, que reuniu mais de 40 mil torcedores no estádio, no dia 12 de outubro.
Pelo Campeonato Brasileiro, a Arena Pantanal abriga os jogos do Cuiabá Esporte Clube, que desde 2021 disputa a série principal da competição. Ao longo de 2023, o clube cuiabano atua como mandante em 19 partidas no estádio, sendo que a última ocorreu na quarta-feira (06.12), contra o Athético Paranaense.
A média de público da competição na Arena Pantanal é de 17 mil torcedores, ultrapassando 310 mil pessoas nas arquibancadas durante o ano. Em jogos em que o Cuiabá enfrentou os times do Corinthians, São Paulo e Flamengo, o público passou de 30 mil torcedores por partida.
Em três jogos da Copa Verde na Arena Pantanal, mais de 7 mil torcedores prestigiaram as disputas do Cuiabá na competição regional brasileira. A torcida também se fez presente durante a Copa FMF e o Campeonato Mato-grossense de Futebol, em que o Cuiabá e o Mixto mandaram seus jogos no estádio.
Neste ano, a Arena Pantanal também foi o cenário do título do Campeonato Brasileiro Série A3, alcançado pelo time feminino do Mixto Esporte Clube. Diante de 7 mil torcedores no dia 26 de junho, as tigresas de Mato Grosso conquistaram o primeiro título nacional de futebol profissional do Estado e garantiram o acesso à segunda divisão do Campeonato Brasileiro.
O grandioso estádio ainda recebeu equipes e comunidades da periferia na final da Taça das Favelas MT 2023. No dia 18 de dezembro, cerca de 2,5 mil torcedores puderam vivenciar, em um estádio de Copa do Mundo, a final estadual do maior campeonato entre favelas do país.
Além do futebol, várias outras atividades esportivas e culturais mostram que a Arena Pantanal possui capacidade de entregar as mais diversas experiências a diferentes públicos. Durante o ano, numerosos eventos são realizados nas dependências e no entorno do estádio.
Em setembro, por exemplo, o Festival Vambora ofertou a mais de 10 mil pessoas uma pluralidade de atrações da música brasileira e mato-grossense em três dias de shows. Com uma superestrutura montada na área externa da Arena, o evento contou ainda com feira gastronômica, exposições e muitas opções de lazer.
Outras atividades desenvolvidas no espaço reforçam o papel significativo de todo o Complexo Arena para as práticas esportivas e de lazer. No decorrer do ano, a população pode participar de variados eventos no local, como oficinas de bike, campeonato de skate, corridas, circuito brasileiro de vôlei de praia, cursos, conferências, festival paralímpico, exposições de carros antigos, feiras, shows, festivais culturais e gastronômicos, ações educativas de trânsito, e muitos outros.
O espaço multiuso também abriga a Escola Arena, a secretaria adjunta de Esporte e Lazer do Estado, unidades das Secretarias de Estado de Segurança Públicas (Sesp), Juizado do Torcedor, Federações Esportivas, além de ter salas armazenando materiais das Secretarias e Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc) e de Infraestrutura (Sinfra), e da Defesa Civil Estadual.
Para o secretário da Secel, Jefferson Carvalho Neves, a utilização dos espaços da Arena Pantanal fortalece a política pública estadual de estímulo ao esporte e ao lazer em Mato Grosso.
“Neste ano, a Arena fez bonito mais uma vez. Recebemos aqui grandes competições e eventos, que possibilitaram momentos incríveis e históricos para a população mato-grossense com uma agenda que, além de tudo, ajudou a movimentar a economia e a fortalecer as práticas esportivas. Isso tudo é consequência de quatro anos anteriores de muito trabalho e investimentos”, destaca o secretário.
Serviços e melhorias
Para manter a grandiosa estrutura e receber público e equipes de forma adequada, os investimentos do Governo de Mato Grosso incluem diversas melhorias, como reformas nos vestiários, benfeitorias no subsolo, jardinagem, reparos no gramado, e nas redes elétrica e hidráulica. Além disso, o estádio recebe limpeza contínua, especialmente nas arquibancadas, e manutenções periódicas de numerosos itens e ambientes.
Também foi implantado um sistema de videomonitoramento integrado, que conta com 97 câmeras 360 graus e uma Central de Comando e Controle. A nova tecnologia de monitoramento realiza varredura durante 24 horas, permitindo o acompanhamento de tudo o que acontece no estádio e em seu entorno.
Destaca-se ainda a troca de capacitores nas lâmpadas dos refletores que reforçou a iluminação no estádio. As peças, responsáveis pelo armazenamento de cargas elétricas, trouxeram 40% a mais de luminosidade ao campo.
Alguns investimentos específicos para o jogo da Seleção Brasileira em Cuiabá ficaram como legado ao estádio, como o espaço da academia de ginástica e o auditório restaurado, que serviu de centro de coletiva de imprensa.
A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.
A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.
De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.
A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.
Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.