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MATO GROSSO

Área administrativa de 20 promotorias são centralizadas em Cuiabá

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Nove meses após a centralização das atividades administrativas das Promotorias de Justiça de Cuiabá, a experiência agora será estendida para o interior do estado. A partir desta segunda-feira (06), entrou em funcionamento o Centro de Apoio Administrativo – CAAD Interior. Vinte e um servidores, 18 deles técnicos administrativos que foram removidos para a Capital, atenderão de forma remota 20 promotorias de Justiça com a realização da distribuição de procedimentos, peticionamento eletrônico, realização de diligências virtuais, expedição de ofícios, entre outras atividades.

A inovação, segundo a subprocuradora-geral de Justiça Administrativa, Claire Vogel Dutra, proporcionará melhorias na  padronização, organização e uniformização das atividades administrativas. Garantirá, ainda, a distribuição das tarefas de forma equitativa e com a utilização de critérios objetivos.

“Estamos com uma nova roupagem para a área administrativa, semelhante à que foi implementada nas Promotorias de Justiça de Cuiabá. Neste momento, o CAAD Interior atenderá somente as unidades que estavam sem técnicos administrativos. Nove meses se passaram da implantação do CAAD da Capital e aprendemos muito com a experiência, possibilitando a criação e melhoria dos fluxos de trabalho”, destacou Claire Vogel Dutra.

O coordenador-geral do CAAD Interior, promotor de Justiça Caio Márcio Loureiro, informou que o setor contará com uma supervisão administrativa e mais três coordenadorias auxiliares: criminal judicial, cível judicial e extrajudicial. “Estas mudanças vão possibilitar às promotorias um funcionamento mais dinâmico. É um momento novo e estamos à disposição para recebimento de sugestões e críticas para que juntos possamos enfrentar essa nova etapa no Ministério Público”, ressaltou.

O Ato Administrativo que instituiu o CAAD Interior é o de nº 1.236/2023 e foi publicado no Diário Eletrônico no dia 26 de outubro. As práticas e formatos documentais e de registro foram instituídos pela Instrução Normativa nº 001/2023.

Apresentação – Na manhã desta segunda-feira (26), mais de 100 pessoas, entre membros e servidores que atuam nas Promotorias de Justiça que serão atendidas pelo CAAD Interior, participaram de uma reunião virtual para esclarecer as dúvidas sobre as mudanças implementadas.

Durante as discussões, foi destacado que o Sistema Integrado do Ministério Público (SIMP) é autossuficiente e foi preparado para receber a nova roupagem administrativa. A orientação é para que o trabalho seja exclusivamente pelo Simp. “Pedimos que todos mantenham o foco no Simp, que está preparado para fazer a integração com o PJe de forma eficiente”, enfatizou o chefe do Departamento de Tecnologia da Informação (DTI), Fernando Augusto Oliveira Vasconcelos.

Nesta segunda-feira, o Departamento de Tecnologia da Informação realizará, a partir das 13h, treinamento presencial aos integrantes do CAAD Interior.

Promotorias de Justiça – Serão atendidas pelo CAAD Interior as Promotorias de Justiça de Água Boa, Apiacás, Alto Taquari, Brasnorte, Cláudia, Cotriguaçu, Itiquira, Itaúba, Jauru, Matupá, Nova Monte Verde, Nova Canaã do Norte, Novo São Joaquim, Paranaíta, Paranatinga, Porto Esperidião, Peixoto de Azevedo, Rio Branco, Tapurah e Vila Bela da Santíssima Trindade.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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