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Agronegócio

Aprosoja-MT Leva Conhecimento Técnico a Primavera do Leste e Impulsiona Produtividade Agrícola

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Nesta quinta-feira(22.08), os produtores de soja e milho de Primavera do Leste (235km da capital, Cuiabá) tiveram a oportunidade de participar da

O evento, realizado a pedido do núcleo local da entidade, foi um sucesso, trazendo informações essenciais diretamente para os agricultores, que muitas vezes não têm a oportunidade de participar dos encontros realizados em Cuiabá.

A vice-presidente Sul da Aprosoja-MT, Laura Nardes, reforçou a importância de levar as Rodadas Técnicas para diferentes regiões do estado, adaptando o conteúdo às necessidades específicas de cada área. “A Aprosoja-MT tem uma única finalidade, atender o produtor nas suas necessidades, na sua defesa e no seu aprimoramento técnico, que é o que está acontecendo hoje”, destacou Laura.

A Rodada Técnica apresentou os resultados de pesquisas realizadas pelos CTECNOs Parecis e Araguaia, que estudam solos arenosos e siltosos, respectivamente. Essas pesquisas são fundamentais para o aprimoramento das práticas agrícolas na região, que já alcançou uma produtividade média de 62 sacas de soja por hectare, um avanço notável desde a década de 1980, quando 30 sacas por hectare eram motivo de celebração.

Laura Nardes, pioneira na agricultura em Primavera do Leste, enfatizou que há espaço para ainda mais melhorias na produtividade, sem a necessidade de expandir as áreas cultivadas. “Dá para melhorar ainda mais, sem precisarmos abrir nenhuma área. Nós só precisamos desenvolver a produtividade, tornar a terra cada vez mais fértil e produtiva”, afirmou.

A delegada-coordenadora do núcleo de Primavera, Juliana Barbosa, destacou o entusiasmo dos participantes, que dedicaram mais de três horas para aprender com o pesquisador e consultor da Aprosoja-MT, Leandro Zancanaro. Segundo ela, os estudos apresentados são altamente relevantes para os produtores locais, que operam em solos similares aos pesquisados. “Essa é uma pesquisa feita dentro da nossa casa, trazendo resultados para que eles possam aplicar nas suas lavouras”, disse Juliana.

O produtor rural e engenheiro agrônomo Guilherme Callegaro celebrou a iniciativa da Aprosoja-MT de aproximar o conhecimento técnico dos agricultores. “Às vezes, pode ser um detalhe muito pequeno, mas que lá no campo vai dar um resultado muito grande”, comentou Guilherme, ressaltando a importância de estar sempre aprendendo e aplicando novos conceitos para melhorar a produção.

A realização da Rodada Técnica em Primavera do Leste reforça o compromisso da Aprosoja-MT com o desenvolvimento agrícola sustentável, proporcionando aos produtores locais as ferramentas e o conhecimento necessários para continuar avançando em produtividade e eficiência.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Cresce o movimento de boicote ao Carrefour

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Fontes não oficiais dão conta de que o Grupo Carrefour no Brasil já enfrenta uma crise de fornecimento de carnes, resultado direto da decisão anunciada na França de interromper a venda de produtos cárneos oriundos do Mercosul.

A medida, anunciada pelo CEO global da empresa, Alexandre Bompard, na quarta-feira (20.11) gerou uma reação imediata do agronegócio brasileiro, principalmente no setor de carnes.

Neste sábado (23.11) empresas como o JBS, Marfrig e Masterboi anunciaram ter decidido suspender o abastecimento de carne às 150 lojas do grupo no país, abrangendo Carrefour, Sam’s Club e Atacadão. A suspensão, que não configura quebra de contrato por ser baseada em acordos de mercado à vista, foi considerada uma “reação legítima” pela indústria e pelo governo brasileiro.

A suspensão do fornecimento de carne bovina já estaria afetando entre 30% e 40% das gôndolas da rede. A previsão é que, sem uma solução rápida, o desabastecimento total ocorra até amanhã (segunda-feira, 25), considerando que a maioria dos produtos armazenados são resfriados ou congelados e têm estoque limitado.

A interrupção ganhou respaldo do governo brasileiro, que considerou a declaração de Bompard um ataque à soberania e à qualidade dos produtos nacionais. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foram informados sobre a situação e apoiaram a atitude dos frigoríficos.

CRISE DIPLOMÁTICA – O anúncio de Bompard, feito por meio de suas redes sociais, que as lojas do Carrefour na França deixariam de comercializar carnes do Mercosul, pretendia ser uma demonstração de apoio ao setor agrícola francês, que enfrenta dificuldades no contexto das negociações do acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul.

Na publicação ele afirmou ainda que esperava inspirar outros setores a adotar medidas similares. Além de abrir uma crise política e diplomática entre Brasil e França. A decisão foi duramente criticada por setores industriais e diplomáticos brasileiros. Interlocutores apontaram que a declaração não passou por análises internas do conselho global da empresa, expondo um possível cálculo equivocado de Bompard quanto às reações do mercado.

Também neste sábado, a Mesa Argentina de Carne Sustentável (Macs) emitiu uma carta se posicionando contra a rede de supermercados francesa. Segundo a carta, assinada pelo presidente da associação, Carlos David Barrios Baron, a atitude prejudica as relações comerciais e enfraquece os esforços globais por uma pecuária mais sustentável.

No documento, a Macs argumenta que a decisão de Bompard sobre a carne bovina representa um retrocesso em relação ao livre comércio, enfatizando que o protecionismo só gera maior isolamento entre os países. A associação alerta que, quando a xenofobia e o protecionismo aumentam, as nações tendem a se fechar, o que resulta em restrições não apenas comerciais, mas também de mobilidade e liberdade, o que reforça os conflitos e diminui o valor da paz mundial.

A crise internacional provocada pelo CEO da empresa representa um desafio tanto no Brasil quanto na França, dois mercados estratégicos para o grupo. Enquanto o Carrefour francês busca fortalecer laços com produtores locais, o impacto da decisão no mercado brasileiro – responsável por metade do lucro operacional global da empresa – pode ser devastador em termos mundiais.

Apesar da interrupção dos fornecimentos, o Carrefour Brasil nega a ocorrência de desabastecimento. Em nota oficial, a rede declarou que “a comercialização do produto ocorre normalmente nas lojas” e classificou as informações de falta de carne como “improcedentes”.

Fonte: Pensar Agro

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