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Política Nacional

Após polêmica com Soraya, Pacheco diz que estudará CPIs nesta semana

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Pacheco diz que haverá uma reunião entre líderes para debater CPIs
Roque de Sá/Agência Senado – 01/02/23

Pacheco diz que haverá uma reunião entre líderes para debater CPIs

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) afirmou nesta terça-feira (14) que analisará as CPIs pedidas à Mesa Diretora no decorrer desta semana. Segundo Pacheco, uma reunião com lideranças deverá definir o “andamento devido” das comissões.

A tentativa de Pacheco é para amenizar as divergências com a senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS)  após a parlamentar entrar com um pedido de criação da CPI dos Atos Antidemocráticos. Pacheco recusou a leitura e, informou ao Supremo Tribunal Federal (STF), que requerimentos da legislatura passada não podem ser apreciados.

“No decorrer desta semana, pretendemos ter todas essas questões equacionadas, sobretudo essa que gerou certa dificuldade de interpretação regimental. Me comprometo com vossas excelências, já no decorrer da semana, dar o andamento devido, estritamente à luz do que determina o regimento e a Constituição Federal”, afirmou.

Pacheco ainda deverá analisar as assinaturas de outras CPIs, como a que deve investigar o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e as suspeitas de propina na pasta para pastores. Outra comissão que deve ser analisada é a do Crime Organizado.

Segundo o Regimento do Senado, a CPI só pode ser instalada após a leitura da Mesa Diretora no Plenário da Casa. São necessárias ao menos 27 assinaturas para a apreciação da presidência. No documento ainda deverá estar especificado o número de parlamentares na composição da comissão, verba e prazo das investigações.

Soraya recorre

Após a resposta de Pacheco, Soraya Thronickie foi ao STF para rechaçar as justificativas da presidência do Senado. Segundo ela, “há motivação puramente política” para a recusa da instalação da CPI.

A parlamentar ressaltou haver mais de 40 assinaturas da proposta e que ao menos 27, mínimo necessário para a leitura, são de senadores a nova legislatura. Ela ainda questionou a decisão de Pacheco e disse que o Regimento Interno abre brechas para “exceções”.

Fonte: IG Política

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Política Nacional

Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu na noite desta sexta-feira (6) demitir o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, depois das denúncias de assédio sexual. 

“O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em nota.

A Polícia Federal abriu investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.

“O governo federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, completou a nota. 

Silvio Almeida estava à frente do ministério desde o início de janeiro de 2023. Advogado e professor universitário, ele se projetou como um dos mais importantes intelectuais brasileiros da atualidade ao publicar artigos e livros sobre direito, filosofia, economia política e, principalmente, relações raciais.

Seu livro Racismo Estrutural (2019) foi um dos dez mais vendidos em 2020 e muitos o consideram uma obra imprescindível para se compreender a forma como o racismo está instituído na estrutura social, política e econômica brasileira. Um dos fundadores do Instituto Luiz Gama, Almeida também foi relator, em 2021, da comissão de juristas que a Câmara dos Deputados criou para propor o aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo institucional.

Acusações

As denúncias contra o ministro Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles na tarde desta quinta-feira (5) e posteriormente confirmadas pela organização Me Too. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu a mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente por Almeida.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentam dificuldades em obter apoio institucional para validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, explicou a Me Too, em nota.

Segundo o site Metrópoles, entre as supostas vítimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

Horas após as denúncias virem a público, Almeida foi chamado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir procedimento para apurar as denúncias. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou, em nota, que “o governo federal reconhece a gravidade das denúncias” e que o caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”. A Polícia Federal (PF) informou hoje que vai investigar as denúncias.

Em nota divulgada pela manhã, o Ministério das Mulheres classificou como “graves” as denúncias contra o ministro e manifestou solidariedade a todas as mulheres “que diariamente quebram silêncios e denunciam situações de assédio e violência”. A pasta ainda reafirmou que nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada e destacou que toda denúncia desta natureza precisa ser investigada, “dando devido crédito à palavra das vítimas”.

Pouco depois, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, publicou em sua conta pessoal no Instagram uma foto sua de mãos dadas com Anielle Franco. “Minha solidariedade e apoio a você, minha amiga e colega de Esplanada, neste momento difícil”, escreveu Cida na publicação.

Fonte: EBC Política Nacional

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