Ao responder se disputaria o Planalto nas próximas eleições gerais, Moro argumentou que pretende focar no Senado e disse ter orgulho de integrar a Casa. “Temos um plano no União Brasil com o governador (de Goiás) Ronaldo Caiado. Meu plano em 2026 é apoiar um candidato” , prosseguiu.
Moro disse também que pretende continuar na oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que deve apoiar um projeto contra o PT na próxima eleição. “Sempre fui e sempre serei oposição ao governo Lula. Em 2026, estarei defendendo um projeto para derrotar o PT”, declarou.
Na entrevista, Moro disse que não tem falado com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) , mas fez um agradecimento, pela tentativa de desmobilizar recursos do PL no processo. “O presidente Bolsonaro e, diga-se, a bancada dos senadores do PL, pediram que não fosse interposto nenhum recurso ou que houvesse desistência. Infelizmente, lideranças locais, mais especificamente Paulo Martins e Fernando Giacobo, não acolheram o pedido do presidente Bolsonaro” , frisou Moro.
Em relação aos recentes embates entre o Legislativo e o Judiciário, o senador também defendeu deixar de lado o que chamou de “espírito de revanchismo e a polarização exacerbada” e disse que o julgamento do TSE foi “técnico e independente” .
Na terça-feira (21), o TSE absolveu Moro das acusações de abuso de poder econômico, corrupção e uso indevido dos meios de comunicação na pré-campanha da eleição de 2022. O relator Floriano de Azevedo Marques votou a favor da absolvição de Moro e foi acompanhado dos colegas André Ramos Tavares, Cármen Lúcia, Kassio Nunes Marques, Raul Araújo, Isabel Gallotti e Alexandre de Moraes. Os ministros rejeitaram recursos do PT e do PL e concluíram que não houve abuso nos gastos da pré-campanha, nem que houve uso da pré-candidatura à presidência para obter maior visibilidade na disputa pelo Senado.