A Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) retoma nesta sexta-feira (27) as discussões a respeito da guerra entre Israel e Hamas. Os países-membros votarão hoje uma resolução para “tomar uma posição pela paz” no conflito.
A resolução a ser votada foi proposta pela Jordânia, que representa o Grupo Árabe, e chega após fracasso do Conselho de Segurança da ONU em aprovar uma resolução própria.
Antes da votação, muitos países ainda devem expor suas considerações sobre a guerra, em continuação aos discursos de ontem.
A votação acontece um dia após debate na Assembleia-Geral . Nesta quinta-feira (26), embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, disse que uma resolução que peça cessar-fogo é “absurda”.
Segundo ele, votar por um cessar-fogo é o mesmo que dar “tempo para que o Hamas possa se armar” e “amarrar as mãos” de Israel. O embaixador acrescentou que a resolução “merece ir para o lixo da história”, e disse que a ONU “está quebrada e é moralmente corrupta” por permitir que o governo do Irã discurse na assembleia, mesmo após se reunir com Hamas e Hezboollah.
Do outro lado, o diplomata palestino Riyad Mansour pediu para que os países votem para “acabar com a loucura”. Em sua fala, ele criticou o líder israelense. “Ele pede apoio para libertar os reféns feitos pelo Hamas. Mas fez 2 milhões de palestinos reféns” na Faixa de Gaza, disse ele.
Em sua fala, Mansour criticou também os países que não apoiam o cessar-fogo. “Como se pode sentir dor pelos israelenses e não pelos palestinos? Qual o problema? Temos a fé errada e a cor errada?”, questionou.
Representando o Grupo Árabe, o vice-primeiro-ministro da Jordânia, Ayman Safadi, disse que “a história nos julgará”. “Diga não à guerra. Diga não ao assassinato. Denuncie crimes de guerra”, pediu ele, acrescentando que “Israel está fazendo de Gaza um inferno na Terra”.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.