O vice-ministro das Relações Exteriores da China, Sun Weidong, convocou o embaixador japonês no país, Hideo Tarumi, neste domingo (21) para fazer um protesto formal pelas “questões relativas” a Pequim no comunicado emitido pelo G7. O grupo reuniu-se na cidade japonesa de Hiroshima entre os dias 19 e 21.
Segundo a nota oficial chinesa, entre os assuntos que desagradaram o governo, estavam discussões sobre o estreito de Taiwan e as medidas contra a “coerção econômica” do país.
A cúpula formada por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido publicou um comunicado, após intensas discussões, pedindo que a China “não faça ingerências” nas nações do grupo e expressaram preocupação pelo respeito aos direitos humanos “no Tibete e em Xinjiang”.
A parte mais dura ficou com Taiwan, que foi palco de intensos exercícios militares chineses recentemente como resposta a visitas de líderes locais aos EUA. O G7 ainda voltou a cobrar Pequim para usar sua influência na Rússia para parar a guerra na Ucrânia.
O país europeu, inclusive, foi o foco desse último dia de evento. Os presidentes e as nações convidadas, participaram de uma sessão com o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, e foram também ao Memorial da Paz, que lembra as vítimas da bomba nuclear lançada pelos EUA durante a Segunda Guerra Mundial.
Ao fim dos trabalhos, em uma breve cerimônia, os líderes reforçaram seu compromisso com Kiev e com “a firme assistência para fornecer assistência diplomática, financeira, humanitária e militar” para os ucranianos.
Também afirmaram a “sua determinação em restabelecer a paz na Ucrânia e apoiar a ordem internacional aberta e livre baseada no Estado de direito”.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.