“A equipe médica informa que a evolução pós-operatória do Papa Francisco continua regular. O soro já foi suspenso nos últimos dias e o Santo Padre está se alimentando com uma dieta semilíquida”, disse o diretor da sala de imprensa do Vaticano, Matteo Bruni, neste sábado (10).
Segundo o porta-voz da Santa Sé, o Pontífice está sem febre e hemodinamicamente estável.
“Os exames de sangue pós-operatórios e a radiografia do tórax são bons”, acrescentou.
Em entrevista coletiva, o cirurgião Sergio Alfieri, chefe da equipe que operou o argentino, explicou que o líder da Igreja Católica está sob cuidados que visam uma menor tensão abdominal, para permitir uma cicatrização ideal, e por isso foi solicitado que adiasse a celebração do Angelus. Além disso, a intervenção que acaba de sofrer foi mais complexa do que as anteriores.
“Pedimos ao Papa que passasse parte de sua recuperação no hospital. É uma escolha ditada pela prudência e para facilitar a recuperação, mas tudo está indo bem”, disse Alfieri, reforçando que deu conselho médico e Francisco decidiu.
De acordo com o cirurgião, normalmente, para uma operação como a do Papa, a internação é de quatro a cinco dias, mas é preciso prudência para garantir uma recuperação completa, considerando a vida intensa e os numerosos compromissos do Pontífice.
Alfieri ainda ressaltou que o Santo Padre não tem nenhum problema cardíaco, seu coração está bem e não há patologias graves. “O Papa tem 86 anos na carteira de identidade, se você tiver o privilégio de estar em contato com ele, esse homem tem a cabeça de um homem de 60 anos”, concluiu, lembrando que Jorge Bergoglio tem um excelente humor.
Seguindo as indicações médicas, Francisco recitará a oração do Angelus neste domingo (11) “em particular, evidentemente em seu quarto de hospital, unindo-se espiritualmente, com afeto e gratidão, aos fiéis que desejam acompanhá-lo, onde quer que estejam”.
Conforme Bruni, as audiências do Papa foram suspensas até 18 de junho, mas “todo o resto permanece de pé por enquanto”.