As Forças de Defesa de Israel seguem nesta terça-feira (12) com novos bombardeios na a Faixa de Gaza , agora com mais foco no sul do enclave. Segundo as FDI, sua campanha para destruir o Hamas deixou o grupo armado palestino “à beira da dissolução”.
“O Hamas está à beira da dissolução, as FDI (Forças de Defesa Israelense) estão ocupando seus últimos redutos”, afirmou na segunda-feira à noite o ministro israelense da Defesa, Yoav Gallant.
Fontes médicas palestinas afirmaram à Al-Jazeera que pelo menos 20 pessoas foram mortas em Rafah, no sul do enclave, incluindo sete crianças e pelo menos cinco mulheres.
Três casas foram destruídas pelas greves na zona norte da cidade. Teme-se que as pessoas estejam presas sob os escombros.
Dezenas de milhares de palestinos deslocados do norte fugiram para Rafah após ordens de evacuação do exército israelense, mas a cidade foi alvo de fortes bombardeios nos últimos dias.
ONU volta a pedir cessar-fogo
A Assembleia Geral da ONU está marcada para se reunir na terça-feira para discutir um “cessar-fogo humanitário imediato”.
A última vez que a Assembleia Geral se reuniu sobre este tema foi em 27 de Outubro, quando 120 países votaram a favor de uma resolução jordaniana que apelava a uma “trégua humanitária imediata, duradoura e sustentada que conduzisse à cessação das hostilidades”.
O Egito e a Mauritânia invocaram a Resolução 377A (V) para convocar hoje uma reunião de emergência da Assembleia Geral, que afirma que se o Conselho de Segurança não for capaz de assumir a sua responsabilidade primária de manter a paz, a AG pode intervir.
O ministro da Defesa de Israel rejeitou os apelos internacionais por um cessar-fogo, dizendo que a fase atual do que Israel diz ser uma operação contra o Hamas “levará tempo”.
“Vamos nos defender. Estou lutando pelo futuro de Israel”, disse Yoav Gallant, membro do gabinete de guerra de três homens de Israel, em entrevista à Associated Press.
No norte os embates continuam
Depois de sitiar e bombardear o Hospital Kamal Adwan durante vários dias, as forças israelenses invadiram o local nesta terça-feira (12), no norte de Gaza, disse um porta-voz do Ministério da Saúde.
Numa publicação no Telegram, Ashraf al-Qudra acrescentou que as forças israelitas reuniam homens – incluindo o pessoal médico – no pátio do hospital, que temia que pudessem ser presos.
“Apelamos às Nações Unidas, à Organização Mundial da Saúde e ao Comité Internacional da Cruz Vermelha para que atuem imediatamente para salvar as vidas das pessoas hospitalizadas”, acrescentou.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.