“A melhoria genética vem sendo usada há décadas no Brasil. No entanto, o acesso a essa tecnologia ainda era algo muito distante do pequeno produtor de mel”, afirma o instrutor e técnico zootecnista, Rodrigo Américo Ferreira Lima, ao avaliar que a região de Sorriso “é muito favorável a criação de abelhas de diferentes espécies”.
Para ele, o clima e a altitude conciliados com as ações de preservação ambiental, assim como os incentivos governamentais, contribuem com o fortalecimento do setor. Por outro lado, é necessário continuar investindo em melhoramento genético para equiparar a produção.
“Ainda existe uma certa discrepância. Enquanto alguns apicultores colhem a média de 50 quilos de mel por caixa, outros não alcançam sequer a marca de 15 quilos. Precisamos uniformizar essa média, oportunizando que os apicultores obtenham o máximo de produtividade e, com isso, uma melhor margem de lucro”, complementa Lima.
“Até há pouco tempo a criação de abelhas em Sorriso era algo artesanal. A implantação do programa VitaMel mudou esse cenário. O que antes era apenas um hobby, se tornou uma fonte de renda para dezenas de pequenos produtores, em especial aqueles que estão inseridos na agricultura familiar”, reitera o secretário-adjunto da pasta, Enivaldo Golmini.
Sobre o programa
Atualmente o programa VitaMel atende cerca de 53 apicultores distribuídos ao longo do Assentamento Jonas Pinheiro, Cinturão Verde, Projeto Casulo, distrito de Boa Esperança e, em outras propriedades privadas do Município.
A estimava para 2024 é de que os apicultores de Sorriso produzam em torno de 40 toneladas de mel.