A reforma tributária foi aprovada em dois turnos na Câmara dos Deputados na madrugada desta sexta-feira (7) com 38 votos favoráveis do PL (Partido Liberal), partido do ex-presidente Jair Bolsonaro , que se declarou contrário ao texto. Destes 38, foram 20 votos em primeiro turno e 18 no segundo.
O PL tem a maior bancada da Câmara, com 99 deputados. Sendo assim, seria muito difícil aprovar o texto caso o partido inteiro votasse contra, isso porque uma PEC precisa de, no mínimo, 308 deputados favoráveis.
Bolsonaro ameaçou “fechar a questão” da reforma tributária, mas o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o presidente Arthur Lira (PP-AL), conseguiram converter alguns votos e o texto teve 382 votos favoráveis no primeiro turno e 375 no segundo.
A maior parte desses deputados vem do Nordeste, região em que o presidente Lula (PT) tem sua maior popularidade, e integra o centrão, não o chamado “bolsonarismo raiz”.
O ex-presidente disse que “votaria contra tudo” que viesse do Partido dos Trabalhadores (PT), mas Tarcísio já havia declarado que concordava com 95% do texto.
O filho do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro, debochou da fala do governador: “Eu não sou 95%, sou 100% contra a reforma tributária do PT”. Ele votou contrário ao texto nos dois turnos ( Veja como votou cada deputado ).