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BRASIL

Aos 88 anos, Voz do Brasil atrai novos ouvintes e mantém público fiel

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O programa A Voz do Brasil completa 88 anos de existência neste sábado (22). É o programa de rádio mais antigo do Hemisfério Sul ainda no ar, segundo o livro dos recordes Guiness Book. Criado em 1935 pelo então presidente Getúlio Vargas, tornou-se de transmissão obrigatória para todas as emissoras em 1938, durante o regime do Estado Novo. Em 2015, o horário foi flexibilizado, e A Voz do Brasil passou a poder ser transmitida entre as 19h e as 23h.

Nas primeiras décadas de existência, quando o rádio era o principal meio de comunicação do país, o programa, então chamado de Hora do Brasil, era a principal fonte de informações sobre o governo para boa parte da população, que era, em sua maioria, moradora de áreas rurais. Em 1962, o Poder Legislativo passou a ocupar parte do horário destinado à Voz, que hoje concentra notícias também do Poder Judiciário e do Tribunal de Contas da União (TCU).

Mesmo com o avanço da televisão e da internet, A Voz do Brasil segue com público fiel, como o aposentado Raimundo Nonato de Oliveira, de 77 anos. Ele conta que se informou sobre a Guerra do Vietnã, a 2ª Guerra Mundial e a ida do primeiro homem à lua pelo programa.

“A gente sabe de educação, saúde, transporte. É um panorama geral do país. Nos seringais, nas regiões mais distantes, é A Voz do Brasil que coloca o caboclo das florestas atualizado”, diz o morador do município de Manoel Urbano, no interior do Acre.

O programa também informa as gerações mais novas. “A Voz do Brasil faz parte da minha vida”, revelou a jornalista e quilombola Janaína Neri, de 29 anos, moradora do município de Santa Terezinha (BA), no centro-norte baiano.

Ela conta que a energia elétrica só chegou à sua comunidade quando ela completou 18 anos e, por isso, A Voz sempre foi uma das principais fontes de informação do quilombo.

“Na minha juventude teve muita coisa que tive acesso pela Voz do Brasil, como edital de divulgação do Enem. Antes a gente não tinha acesso à internet pois sempre morei em zona rural”, conta.  

A última pesquisa feita sobre a audiência do programa, publicada em 2015, registrou que 32% dos brasileiros escutavam A Voz do Brasil ao menos uma vez por semana. A empresa Ibope Inteligência fez o levantamento a pedido da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.

Cidadania  

O professor de comunicação da Universidade de Brasília (UnB) Paulino Oliveira destaca que A Voz do Brasil cumpre papel de promoção da cidadania no país, em especial por levar informação para as áreas mais remotas, aproximando a capital federal das demais regiões.  

“O programa foi e continua sendo essencial para prestação de contas das atividades internas dos poderes Executivo, Judiciário e Legislativo e, mesmo com as alterações tecnológicas, ele segue vivo porque ele possibilita com que a população saiba como os nossos governantes, que são as pessoas que produzem efeitos na vida em sociedade, têm desenvolvido as suas ações”, observa.

Transparência

A Voz do Brasil é necessária porque cumpre um papel de transparência em relação aos atos do governo, do Legislativo e do Judiciário, argumenta o diretor-presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Hélio Doyle, para quem A Voz é um “patrimônio do rádio brasileiro”. A EBC é a responsável pelos 20 minutos destinados ao Executivo dentro de A Voz do Brasil.  

“É um dos instrumentos que o governo tem para fazer um contato direto com a população. Durante algum tempo isso era meio atacado, né? Como se o governante, seja lá quem for, não pudesse se dirigir diretamente as pessoas, tivesse que usar os intermediários”, destaca. O presidente da EBC acrescenta que o governo precisa ter uma comunicação direta com o cidadão, dando a ele “a possibilidade de ter acesso direto à informação [governamental]”.  

Na avaliação da superintendente de Serviços de Comunicação da EBC, Flávia Filipini, A Voz do Brasil leva informações sobre as políticas públicas de interesse da sociedade.

A Voz do Brasil faz parte da trajetória e do imaginário da nossa gente. Das grandes cidades até os lugares mais recônditos, há 88 anos a população de todo o território fica sabendo dos principais acontecimentos da nossa história diretamente dos estúdios de A Voz. Nossa missão é mantê-la viva, a serviço da sociedade e também cada vez mais ouvinte da população”, conclui.

Edição comemorativa

Para marcar os 88 anos do programa, A Voz do Brasil apresenta nesta sexta-feira (21) uma edição comemorativa. Os primeiros dez minutos do especial serão dedicados à efeméride.

O especial traz depoimentos de ouvintes que têm acesso à informação por meio do programa. Como parte das festividades, um dos ex-apresentadores do jornalístico, André Luiz, foi convidado a ir ao estúdio apresentar um trecho do início da atração.

O conteúdo temático ainda leva ao ar a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a importância de A Voz do Brasil. Os ministros Wellington Dias (Desenvolvimento Social), Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública) e Jader Filho (Cidades) também gravaram relatos sobre a relevância do programa.

Fonte: EBC GERAL

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BRASIL

Nova pesquisa mostra PP na liderança na OAB-MT; Gisela despenca e Xênia cresce

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Faltando apenas 12 dias para as eleições para a seccional de Mato Grosso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), a disputa ganha contornos de extrema emoção com o pleito mais disputado da história. É o que aponta pesquisa do instituto Índice Pesquisas, contratada pelo portal de notícias FOLHAMAX, revela que o candidato de oposição lidera a disputa.

Na segunda posição, estão tecnicamente empatadas a atual presidente Gisela Cardoso e a advogada Xênia Guerra, que representa uma divisão do atual grupo que comanda a entidade. A amostra foi realizada proporcionalmente com juristas do Estado.

Na modalidade espontânea, onde os nomes dos candidatos não são apresentados ao eleitor, o advogado Pedro Paulo foi o mais lembrado, com 24%, mas com uma diferença de apenas meio ponto percentual, já que a atual presidente da OAB-MT, Gisela Cardoso, foi apontada por 23,5% dos entrevistados. Xênia Guerra aparece como intenção de voto de 18% dos juristas, enquanto Pedro Henrique teve o nome apontado por 1,5%. Segundo a pesquisa, 32,5% estão indecisos ou não votarão em nenhum e 0,5% citaram outros nomes.

Já na modalidade estimulada, onde os nomes dos postulantes à presidência da OAB-MT são divulgados ao eleitorado, Pedro Paulo abre uma distância maior, com 32,5%, contra 28% de Gisela Cardoso. Xênia Guerra aparece na terceira colocação, com 24%, enquanto Pedro Henrique registrou 3% dos entrevistados e outros 12,5% não souberam responder.

O Índice também projetou os votos válidos. Pelo cálculo, Pedro Paulo tem 37%; Gisela 32%; Xênia 27,5% e Pedro Henrique 3,5%.

O instituto ouviu 836 advogados, entre os dias 30 de setembro e 5 de novembro, por telefone. A pesquisa tem margem de erro de 4 pontos percentuais, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%. Não foi realizada amostragem sobre a rejeição aos candidatos. A eleição da OAB-MT será online, no dia 18 de novembro, das 9h às 17h, no horário de Cuiabá.

 

Fonte: OAB MT

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