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Agronegócio

Anvisa confirma segurança dos alimentos e reforça confiança no agro

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou recentemente os resultados do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA), considerado um dos mais importantes indicadores da qualidade dos alimentos consumidos no Brasil. Em 2023, foram analisadas 3.294 amostras de alimentos em 76 municípios, abrangendo resíduos de 338 diferentes defensivos agrícolas, incluindo produtos banidos ou não autorizados.

Os resultados reforçam a segurança alimentar no país. Segundo o relatório, não foram identificados casos de risco crônico — aquele associado ao consumo contínuo ao longo da vida. Quanto ao risco agudo, ligado ao consumo pontual em curto prazo, apenas 0,67% das amostras (22 casos) apresentaram algum potencial de impacto à saúde. Essa baixa probabilidade equivale a eventos raros, como encontrar um pequeno meteoro na Terra, ressaltando que não há motivo para alarde.

O estudo destacou que a grande maioria dos alimentos analisados está em conformidade com os limites de resíduos permitidos, evidenciando o compromisso da cadeia produtiva com a segurança alimentar e o uso responsável de defensivos agrícolas. A Anvisa, em seu relatório, concluiu que “foi baixa a ocorrência de situações de exposição dietética a resíduos de agrotóxicos verificadas em concentrações que pudessem levar a efeitos adversos à saúde”.

O Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg) enfatizou a importância dessa análise, que valida o rigor das práticas agrícolas brasileiras. “Os resultados apresentados corroboram a seriedade da indústria nacional de defensivos agrícolas, que cumpre as normas estabelecidas pelos órgãos reguladores, assegurando a qualidade e a saúde do consumidor brasileiro”, destacou a entidade.

A pesquisa também demonstra como o setor agrícola brasileiro tem evoluído para atender às demandas da sociedade por sustentabilidade e responsabilidade ambiental. O PARA fortalece a confiança entre consumidores, produtores e órgãos públicos, promovendo a transparência e incentivando práticas agrícolas mais seguras e modernas.

O Sindiveg reforçou seu compromisso com o uso consciente de defensivos agrícolas, assegurando que a cadeia produtiva continue a priorizar a saúde da população, o meio ambiente e a sustentabilidade do agronegócio nacional.

Com resultados que confirmam a segurança dos alimentos no Brasil, o setor agrícola demonstra que, além de alimentar o país e o mundo, mantém um forte compromisso com a saúde, a inovação e o bem-estar da sociedade.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Câmara aprova reforma tributária com ajustes e rejeita mudanças do Senado

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A Câmara dos Deputados aprovou, na terça-feira (17.12), o projeto de lei complementar que regulamenta a reforma tributária sobre o consumo, com 324 votos favoráveis, 123 contrários e 3 abstenções. Em seguida, os parlamentares rejeitaram as alterações propostas pelo Senado, com 328 votos contrários, 18 favoráveis e 7 abstenções.

O relator do texto, deputado Reginaldo Lopes, apresentou seu parecer na noite de segunda-feira (16). A votação foi adiada para o dia seguinte, a fim de garantir maior quórum, segundo o presidente da Câmara, Arthur Lira.

O agronegócio e outros setores produtivos veem com bons olhos a decisão de rejeitar a substituição tributária no futuro Imposto sobre Valor Adicionado (IVA), que poderia onerar ainda mais a cadeia produtiva. Segundo o texto aprovado, a alíquota padrão do IVA será reduzida para 27,84%, abaixo dos 28,55% previstos pelo Senado.

A exclusão de algumas isenções e reduções reforça a preocupação com a simplificação tributária e a competitividade econômica, pontos cruciais para o agronegócio brasileiro, que é altamente dependente de insumos e exportações.

A proposta aprovada pela Câmara mantém a estrutura central da reforma tributária, mas rejeita alterações do Senado que poderiam impactar o setor produtivo e o agronegócio. Entre os pontos revertidos, destacam-se:

  • Bebidas açucaradas: o Imposto Seletivo sobre esses produtos foi reinstituído, considerando seu impacto na saúde.
  • Serviços de saneamento, água e veterinária: a redução de 60% na alíquota foi retirada; para serviços veterinários, foi mantido um redutor de 30%.
  • Medicamentos: a Câmara retomou a lista de princípios ativos com isenção ou alíquota reduzida, enquanto o Senado havia ampliado as isenções baseando-se em categorias de doenças, como câncer, diabetes e doenças raras.

Além disso, o texto aprovado exclui a redução de alíquotas para produtos como água mineral, biscoitos e bolachas de consumo popular.

Outro ponto importante foi o restabelecimento do Imposto Seletivo sobre produtos como veículos e bebidas, com critérios para aplicação de alíquotas baseados em densidade tecnológica, potência e etapas de fabricação no Brasil. A Câmara também derrubou a proposta do Senado de reduzir a alíquota seletiva em até 25% para empresas que adotassem práticas sustentáveis.

Com a aprovação, o projeto segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Itens como a devolução parcial de impostos para as populações mais pobres (cashback), isenção da cesta básica e redução de impostos para imóveis estão entre os pontos que poderão entrar em vigor.

A reforma tributária é considerada uma das mais complexas e abrangentes dos últimos anos, e o texto final aprovado pela Câmara busca um equilíbrio entre justiça fiscal, competitividade e incentivo ao setor produtivo.

Fonte: Pensar Agro

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