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Antônio Geraldo: Saiba como identificar que uma pessoa está pensando em suicídio

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Antônio Geraldo: Saiba como identificar que uma pessoa está pensando em suicídio
Dr. Antônio Geraldo da Silva

Antônio Geraldo: Saiba como identificar que uma pessoa está pensando em suicídio

O suicídio é uma emergência médica. Uma pessoa não tira a própria vida por vontade, ela está passando por um estreitamento cognitivo que a impede de tomar as decisões com clareza. Ela dá sinais de que algo não vai bem e acredita que o suicídio é a única forma de acabar com o sofrimento que está passando ou que ele é a solução. Mas não é. Sabemos que o suicídio pode ser prevenido. É preciso investigar as motivações e os fatores de risco que levam uma pessoa a pensar em suicídio.

Um aspecto central do comportamento suicida é a presença de transtornos mentais. Estudos já mostraram que cerca de 96,8% das pessoas que tentaram ou cometeram suicídio tinham alguma doença mental, diagnosticada ou não.

Quais são as principais doenças relacionadas ao suicídio?

  • Depressão
  • Transtornos do humor
  • Transtorno por uso de substâncias (álcool e outras drogas)
  • Transtornos de personalidade
  • Esquizofrenia, etc.

Apesar de quase 100% das pessoas que cometem suicídio terem o diagnóstico de uma doença mental, nem todas essas pessoas tentarão suicídio. Por ser multifatorial, o comportamento suicida envolve a interação complexa de fatores biológicos, psicológicos, sociais e espirituais. Portanto, não pode ser atribuído a eventos isolados como término de um relacionamento, luto, dificuldades financeiras, a perda de um emprego, conflitos familiares, fácil acesso a meios letais, mas sim à interação de um conjunto de fatores. Deve-se considerar também o histórico médico para saber se houve tentativas de suicídio anteriores e se há casos de tentativas e de suicídios na família.

Quais são os sinais e sintomas de que uma pessoa está tendo pensamentos suicidas?

É preciso estar muito atento a mudanças no comportamento. A pessoa quando está pensando em suicídio começa a ter ações e falas fora do normal. Se uma pessoa começa a se isolar do convívio social, deixa de fazer atividades que antes eram prazerosas para ela, apresenta sinais de falta de motivação no trabalho, se está apresentando sinais de tristeza, pode ser um sinal de que algo não vai bem na saúde.

Sinais que interferem na rotina e provocam perdas na qualidade de vida, como dificuldades para dormir ou muito sono, falta de apetite ou consumo excessivo de alimentos.

Muitas pessoas nessas condições se sentem desesperançosas e deixam de pensar em planos para o futuro, pois dizem sentir que a vida não vale a pena. É importante prestar atenção quando alguém fala que gostaria de sumir, que não aguentam mais viver, que deseja morrer. É preciso levar a sério, pois elas podem estar pensando em tirar a própria vida já que acreditam que a vida não tem mais valor, tudo isto pode ser parte do contexto de uma doença.

Como podemos ajudar uma pessoa que está tendo pensamentos suicidas?

Converse com ela para entender o que está acontecendo. Deixe que ela expresse os seus sentimentos e ouça atentamente sem nenhum tipo de julgamento. Incentive a busca por tratamento.

Como prevenir o suicídio?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda 4 ações principais para a prevenção do suicidio:

  • Limitar acesso aos meios
  • Cobertura responsável da mídia
  • Fomentar habilidades socioemocionais nos adolescentes
  • Identificar, tratar e seguir pessoas com comportamentos suicidas.

O melhor caminho para prevenir o suicídio é a prevenção de doenças. Procurar um médico psiquiatra. Fazer o tratamento adequado. Adotar mudanças no estilo de vida com a prática de esportes e atividades de lazer, ter uma boa qualidade de sono e uma boa alimentação, ter tempo de qualidade com a família e amigos.

Infelizmente o estigma e o preconceito são as maiores barreiras para pessoas que têm sintomas de doenças mentais ou estão tendo pensamentos suicidas , pois a vergonha e o medo do julgamento impedem que a pessoa busque ajuda para o tratamento de doenças mentais e possa ter uma vida normal.

Se você está passando por alguma situação parecida, com ideação suicida ou conhece alguém que está com sintomas, procure um serviço de saúde. Para tratar doenças mentais, procure um médico psiquiatra. Em caso de emergência, ligue para o SAMU 192.

Se precisar, peça ajuda!

Antônio Geraldo da Silva é médico formado pela Faculdade de Medicina na Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES. É psiquiatra pelo convênio HSVP/SES – HUB/UnB. É doutor pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto – Portugal e possui Pós-Doutorado em Medicina Molecular pela Faculdade de Medicina da UFMG. Entre 2018 e 2020, foi Presidente da Associação Psiquiátrica da América Latina – APAL.

Atualmente é Presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, Diretor Clínico do IPAGE – Instituto de Psiquiatria Antônio Geraldo e Presidente do IGV – Instituto Gestão e Vida. Associate Editor for Public Affairs do Brazilian Journal of Psychiatry – BJP. Editor sênior da revista Debates em Psiquiatria. Review Editor da Frontiers. Acadêmico da Academia de Medicina de Brasília. Acadêmico Correspondente da Academia de Medicina de Minas Gerais. Coordenador Nacional da Campanha “Setembro Amarelo®”, da Campanha ABP/CFM Contra o Bullying e o Cyberbullying e da Campanha de Combate à Psicofobia. É autor de dezenas de livros e artigos científicos em revistas internacionais e também palestrante nacional e internacional.

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Fonte: Nacional

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Daltonismo em crianças: médica explica como identificar a condição

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Daltonismo em crianças: médica explica como identificar a condição
André Braga

Daltonismo em crianças: médica explica como identificar a condição

Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.

O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.

“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.

É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.

“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.

O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.

“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.

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Fonte: Nacional

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