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Antiga sede da Alerj reabre para visitação popular gratuita

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Inaugurado em 6 de maio de 1926, o Palácio Tiradentes foi reaberto ao público, oferecendo visitas guiadas totalmente gratuitas, para grupos e visitantes individuais, que podem ser agendadas pelo e-mail . “Já recebemos 300 pedidos para o mês de abril”, comemorou a diretora do Departamento de Cultura da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Fernanda Figueiredo, em entrevista nesta terça-feira (18) à Agência Brasil. O prédio abrigou a Câmara dos Deputados, entre 1926 e 1960, e foi sede da Alerj até 2021.

Fernanda informou que, inicialmente, serão 100 pessoas por dia. “A ideia é que a gente amplie esse número, no futuro”, exlicou a diretora. O Palácio Tiradentes funcionará para o público de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h. Por enquanto, o equipamento não abrirá nos fins de semana. Mas vai abrir no próximo dia 21, feriado e Dia de Tiradentes, símbolo da República. “É muito simbólica essa data e a gente vai abrir no feriado, no mesmo horário”.

O objetivo da reabertura do Palácio Tiradentes é aproximar a população da história do Legislativo, afirmou Fernanda Figueiredo. “Os visitantes passarão por uma aula de história e da memória política também do Rio de Janeiro. Vão ter aula de arquitetura, informando a arquitetura do Palácio, passar por locais simbólicos, como o plenário Barbosa Lima Sobrinho, onde aconteciam as votações e ainda existem atividades legislativas, solenidades. Vão entender um pouco dessa memória política. A biblioteca do Palácio Tiradentes também vai estar aberta para visitação, bem como o Salão Nobre, outro local histórico, onde aconteceram muitos discursos importantes”.

Estagiários

A visita é guiada por estudantes de história, ciências sociais e relações internacionais, que são estagiários do setor de cultura do Palácio. “Eles conduzem esse passeio cultural pelo Palácio Tiradentes”. Neste primeiro momento, dez estagiários servirão de guia nas visitas, sendo cinco pela manhã e cinco à tarde. As visitas são bilíngue, nos idiomas português e inglês. O tour pelo Palácio Tiradentes tem duração média de 40 minutos, podendo se estender até uma hora e meia.

A diretora do Departamento de Cultura da Alerj esclareceu que o palácio vai continuar servindo ao Legislativo do estado, recebendo sessões solenes, encontros e recepções oficiais, além da população, com o objetivo de aproximar a sociedade de sua história.

Como o prédio está inserido no Corredor Cultural do Centro Histórico do Rio de Janeiro, Fernanda Figueiredo pretende firmar parcerias com o setor de turismo do município, como a Riotur, mas também com outras instituições vizinhas, entre as quais o Museu Naval e o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB RJ). “A meta é reativar essa vocação cultural que o centro histórico do Rio tem”. Maiores informações sobre a visitação podem ser obtidas pelo telefone (21) 2588-1251.

Fonte: EBC GERAL

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BRASIL

PF cumpre mandado em Cuiabá sobre venda de sentença no Judiciário

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Por Fabio Serapião

Da folhapress Brasilia

A Polícia Federal cumpre, na manhã desta quinta (24), mandados de busca e apreensão em uma investigação sobre venda de sentenças que envolve cinco desembargadores do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul.

Cinco desembargadores foram afastados dos cargos. Além das buscas, também há medidas como proibição de acesso às dependências de órgão público, vedação de comunicação entre investigados e uso de tornozeleira eletrônica.

Um mandado de busca e apreensão foi cumprido, na manhã desta quinta-feira (24), em um condomínio de luxo em Cuiabá,

O alvo seria um lobista e as investigações apontam para a ligação com morte do advogado Roberto Zampieri.

A ação foi batizada de Ultima Ratio e investiga os crimes de corrupção em vendas de decisões judiciais, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas no Poder Judiciário.

Os mandados de busca foram expedidos pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) e são cumpridos por cerca de 200 policiais federais em Campo Grande (MS), Brasília (DF), São Paulo (SP) e Cuiabá.

A investigação sobre a comercialização de sentença teve apoio da Receita e é um desdobramento da operação Mineração de Ouro, deflagrada pela PF em 2021.

Na primeira fase, a investigação tinha como foco a suposta participação de integrantes do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul em uma organização criminosa.

O nome da operação teve como origem a descoberta de que a aquisição de direitos de exploração de mineração em determinadas áreas eram utilizadas para lavagem de dinheiro proveniente do esquema.

Esse não é o único caso relacionado a venda de sentença judicial em investigação no âmbito do STJ.

Um ministro do próprio tribunal está na mira da PF sob suspeita de venda de sentença.

CASO ZAMPIERI – As investigações que chegaram às suspeitas sobre o STJ se iniciaram após o homicídio de um advogado em dezembro do ano passado, em Mato Grosso.

O caso levou ao afastamento de dois desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

O advogado Roberto Zampieri foi assassinado com dez tiros em dezembro passado.

Na ocasião, ele estava dentro do carro, em frente ao seu escritório em Cuiabá.

Em seu celular, havia mensagens que levantaram suspeitas de vendas de decisões por gabinetes de quatro ministros do STJ.

As investigações iniciais apontavam como uma das motivações processos de disputas de terras que tramitam no Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

Outro caso de venda de sentenças ainda em andamento é no Tribunal de Justiça da Bahia.

Lá, a operação Faroeste se transformou no maior caso de venda de decisões judiciais do Brasil.

Nos últimos meses, duas desembargadores baianas se tornaram rés (uma delas pela segunda vez) no âmbito da operação, juízes do sul do estado foram afastados sob suspeita de irregularidades em questão fundiária e um magistrado da região oeste disse sofrer ameaças por julgar casos relacionados a grilagem.

No início de julho passado, a Corregedoria Nacional de Justiça decidiu fazer uma investigação diante de nova suspeita de irregularidades no tribunal, com convocação de testemunhas e análise de equipamentos eletrônicos.

Ao mesmo tempo, o corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, determinou uma apuração profunda sobre o tribunal, em decorrência de “gravíssimos achados”.

Entre eles, estão problemas na vara de Salvador encarregada de analisar casos de lavagem de dinheiro e organização criminosa. Há relatos de atrasos dos juízes em audiências, ineficiência e servidores da vara com temor de represálias de magistrados.

Cuiabá é uma das cidades alvo da Operação Ultima Ratio, que investiga supostos crimes de vendas de sentença, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas no Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul. A ação foi deflagrada nesta quinta-feira (24), no estado vizinho.

Segundo a PF, são cumpridos 44 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça em Campo Grande (MS), Brasília (DF), São Paulo (SP) e Cuiabá.

A ação teve o apoio da Receita Federal e é um desdobramento da Operação Mineração de Ouro, deflagrada em 2021, na qual foram apreendidos materiais com indícios da prática dos referidos crimes.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou o afastamento do exercício das funções públicas de servidores, a proibição de acesso às dependências de órgão público, a vedação de comunicação com pessoas investigadas e a colocação de equipamento de monitoramento eletrônico.

 

 

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