Antepassados do ser humano moderno e os dinossauros conviveram no planeta Terra por um breve período, mas foram separados pela famosa queda de um asteroide 66 milhões de anos atrás.
Após o fenômeno, os primatas sobreviveram, enquanto os dinossauros foram extintos em massa.
A conclusão é de um estudo publicado na revista Current Biology, conduzido pela britânica Universidade de Bristol, que buscou responder antigas perguntas sobre a origem dos mamíferos placentários, ou seja, todos os animais dotados da placenta que nutre o embrião, cujos fósseis mais antigos também datam de 66 milhões de anos atrás.
O pesquisador italiano Daniele Silvestro, da Universidade de Friburgo, na Suíça, e integrante do trabalho, falou à ANSA sobre o estudo. “O modelo estatístico que desenvolvemos e implementamos calcula a probabilidade de que um grupo de organismos tenha origem anterior ao mais antigo fóssil conhecido daquele grupo”, explicou.
“A ideia se baseia no fato de que é quase impossível que justamente a primeira espécie de um grupo, por exemplo o primeiro primata, tenha registro fóssil, considerando que a grande maioria das espécies não deixa nenhum rastro”, acrescentou.
O debate sobre se os mamíferos placentários conviveram com os dinossauros ou se evoluíram só depois da extinção é antigo entre os pesquisadores: a idade dos fósseis sugere que o grupo evoluiu após o asteroide.
No entanto, os dados moleculares contrastam com essa hipótese, indicando uma idade maior para os antepassados do homem.
“Os resultados do estudo mostram que os primatas, assim como os lagomorfos (coelhos e lebres), carnívoros (entre os quais cães, ursos e felinos) e os da ordem Eulipotyphla (que inclui ouriços e toupeiras), evoluíram antes da extinção em massa do Cretáceo-Paleógeno, mas se aceleraram após a extinção dos dinossauros, provavelmente graças à diminuição da concorrência com eles”, concluiu Silvestro.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.