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Ano de 2023 foi o mais mortal para migrantes em uma década, diz ONU

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Reprodução/SkyNews
Migrantes passando pelo Canal da Mancha

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) das Nações Unidas (ONU) informou, nesta quarta-feira (6), que o ano de 2023 foi o mais mortal para migrantes desde que começaram seus registros há uma década.

De acordo com a OIM, ao menos 8.565 pessoas perderam suas vidas nas rotas migratórias de todo o mundo em 2023, o que representa um aumento de 20% em relação a 2022.

“O número de mortos de 2023 representa um trágico aumento de 20% em comparação com 2022, o que destaca a necessidade urgente de tomar medidas para evitar uma maior perda de vidas”, informou a OIM em comunicado.

O ano de 2022 era, até então, um novo recorde registrado pela agência, quando 8.084 pessoas morreram durante a migração. De acordo com a OIM, a falta ou limitação de vias migratórias seguras e regulares leva centena de milhares de pessoas a enfrentarem rotas perigosas e ilegais todos os anos.

O levantamento da agência aponta que a travessia Mediterrâneo segue como a rota mais mortal para os migrantes, com ao menos 3.129 mortos e desaparecidos registrados em 2023.

Ainda segundo a OIM, mais da metade das mortes em rotas migratórias em 2023 resultaram de afogamentos, 9% foram causadas por acidentes de veículos e 7% pela violência.

O Projeto Migrantes Desaparecidos da OIM comemora 10 anos em 2024. Ele foi criado para armazenar dados de acesso aberto sobre o desaparecimento e mortes de migrantes.

Desde a sua criação em 2014, o programa já documentou mais de 63.000 casos em todo o mundo. Ainda assim, o número real segue uma estimativa, considerando as dificuldades na coleta de dados, especialmente em locais remotos.

“Ao comemorarmos os 10 anos do Projeto Migrantes Desaparecidos, primeiro nos lembramos de todas essas vidas perdidas”, afirmou o vice-diretor-geral da OIM, Ugochi Daniels. “Cada uma delas é uma terrível tragédia humana que impactará famílias e comunidades nos próximos anos”, prosseguiu.

“Estes números horríveis coletados pelo Projeto Migrantes Desaparecidos são também um lembrete de que devemos renovar o compromisso com uma ação maior que possa garantir uma migração segura para todos, para que dentro de 10 anos as pessoas não tenham de arriscar as suas vidas em busca de uma melhor”, concluiu o vice-diretor geral.

Fonte: Internacional

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