O pedido feito pela defesa do acusado é para que ele fique na unidade destinada a presos com nível superior, citando que Carrillo teve o diploma de médico revalidado no Brasil.
“Ocorre que a prisão temporária foi convertida em prisão preventiva, efetivando-se a transferência do requerente para a Cadeia Pública Joaquim Ferreira, em pese este possuir nível superior (…) Frisa-se ainda que no diploma há o registro do Cremerj”, escreveu o advogado Mauro Fernandes da Silva, em petição ao qual o jornal O Globo teve acesso.
De acordo com o advogado, a Secretaria de Administração Penitenciária tem a responsabilidade de garantir a segurança do anestesista em qualquer unidade que ele esteja.
“Quando saiu de Benfica, ele foi encaminhado para a unidade prisional incompatível com o local onde deveria estar, e o pedido é apenas a correção. Ir para Bangu 8 independe das acusações ou de sua nacionalidade, sendo a única condição a graduação em nível superior. Nem mesmo eventual suspensão do registro no CRM retira esse direito. Assim, ele atende a exigência e, enquanto estiver preso, deve estar lá”, disse Fernandes.
A Secretaria de Administração Penitenciária, no entanto, ainda não informou se vai transferir o Carrillo para Bangu 8 .
Em janeiro, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro ( Cremerj ) aplicou, por unanimidade, uma interdição cautelar no anestesista colombiano , o que fez com que ele tivesse o registro profissional temporariamente suspenso. Com isso, ele é impedido de exercer a medicina no país.
Carrillo é acusado de estupro de pacientes e é alvo de mais duas investigações policiais: uma pela produção e armazenamento de material pornográfico infantil e outra pelo exercício ilegal da profissão.
A suspensão visa proteger a população e assegurar a boa prática médica no estado do Rio de Janeiro .
A investigação de Andres Carrillo está em andamento e corre em sigilo, seguindo todos os ritos obrigatórios do Código de Processo Ético-Profissional. As punições previstas em lei vão de advertência até cassação definitiva do registro.
Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.
O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.
“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.
É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.
“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.
O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.
“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.