O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes permitiu que o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres seja liberado para prestar depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o ato terrorista de 8 de janeiro .
A CPI tem sido feita pela Câmara Legislativa do Distrito Federal. O depoimento acontecerá na próxima quinta (9), a partir das 10h. Anderson Torres poderá ficar em silêncio durante a sessão, segundo a decisão de Moraes. O ex-ministro vai comparecer à CPI com escolta policial, caso concorde em comparecer ao local.
As investigações visam entender a ida do ex-secretário para os Estados Unidos, mais especificamente na cidade em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se encontra, na época dos atos.
O caso
O ex-ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (PL) está detido desde o dia 14 de janeiro deste ano. A determinação da sua detenção foi feita no dia 10 de janeiro, pelo ministro Alexandre de Moraes.
A suspeita é que Torres, em conjunto com setores da Polícia Militar do DF e de militares, tenha ajudado a ação dos terroristas bolsonaristas. Ele nega. A Advocacia-Geral da União (AGU), por exemplo, pediu a prisão de Anderson Torres por omissão na repressão aos ataques.
Outro ponto ressaltado foi a “minuta do golpe”, documento encontrado na casa de Torres que previa colocar estado de sítio na do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que poderia mudar o resultado da eleição. O texto não foi publicado.