A defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres entrou nesta quarta-feira (26) com um novo pedido de habeas corpus junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). Os advogados de Torres justificaram o estado de saúde e apontaram o ‘risco de suicídio’ do ex-ministro.
Junto ao pedido, a defesa protocolou um laudo de uma médica que aponta risco psíquico com a manutenção da prisão. Ela ressalta que a prisão domiciliar poderia melhorar o estado de saúde do ex-ministro. Os advogados ainda lembraram que Torres chora constantemente na prisão e que já pediu 12kg.
“Corroborando o laudo de 10/04/2023, que, repise-se, já indicava risco de suicídio, a psiquiatra da rede pública de saúde, desta vez em laudo confeccionado em 22/04/2023, registrou que: ‘dentro desse contexto, vem aumentando o risco de tentativa de autoextermínio. Ainda com o intuito de conter essas crises e prevenção de suicídio, indico internação domiciliar (melhorar fatores protetores de prevenção)’”, aponta a defesa.
Torres ainda argumenta não haver mais motivos para manter sua prisão. Os advogados ressaltam que o ex-ministro possui residência fixa e não ocupa cargo público, o que impossibilita ele de atrapalhar as investigações.
A defesa ainda argumenta que a própria Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou favorável à soltura de Anderson Torres. O documento ainda compara a manutenção da prisão de Torres com uma tentativa de “tortura”.
Anderson Torres está preso desde 14 de janeiro, por suspeita de conivência aos ataques de 8 de janeiro contra prédios dos Três Poderes. Na época, o ex-ministro era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, mas estava de férias com a família nos Estados Unidos.
Ele prestaria depoimento à Polícia Federal na segunda-feira (24), mas foi adiado por motivos de saúde. Torres está detido na carceragem Batalhão de Aviação Operacional, em Brasília.
Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.
O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.
“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.
É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.
“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.
O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.
“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.