Ao iG , a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) informou que o responsável foi encaminhado ao 8º Distrito Policial, na região do Brás. O padre recebeu a orientação de fazer a representação criminal contra o homem em um prazo de seis meses, ou seja, de autorizar a instauração de um inquérito policial ou de um ação penal.
“Padreco de merd*. Pensa que aqui é partido político. Defensor dos direitos dos bandidos. Petista vagabundo. Usa o povo para te favorecer. Seu dia de reinado aqui vai acabar. Pode esperar. FDP”, diz o bilhete.
Nas redes, o padre relatou ter registrado um Boletim de Ocorrência. Ele também disse ter acionado a Secretaria de Segurança Pública e que forneceria as imagens das câmeras de segurança à polícia para que a identificação do suspeito fosse feita.
Após compartilhar o episódio, o padre recebeu mensagens de solidariedade dos seguidores, incluindo de famosos e figuras políticas, no perfil do religioso no Instagram, onde divulga suas ações com a população em situação de rua.
“Absurdo, Padre Julio, querido. Meu abraço e todo apoio”, disse a deputada Erika Hilton (PSOL-SP). “Meu querido!!! Força e Fé!! E polícia pra te achar quem fez isso”, afirmou a apresentadora Astrid Fontenelle.
“É inadmissível que você sofra ameaças por seu trabalho pelos direitos humanos. Precisamos exigir que a Prefeitura, o Estado e o governo brasileiro encontrem uma maneira de protegê-lo. Esse é o dever de todos nesse momento. A ameaça também precisa ser investigada imediatamente pelas autoridades. Saiba que admiro muito seu trabalho. Receba meu apoio e solidariedade nesse momento difícil”, pontuou a cantora Daniela Mercury.
“Minha solidariedade ao Padre Júlio Lancelotti, que faz um forte trabalho cristão em São Paulo. Esclareço que, no caso da ameaça por ele sofrida, a princípio a competência legal é estadual. De todo modo, vamos colher mais informações e estudar medidas cabíveis”, afirmou Dino.
Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.
O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.
“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.
É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.
“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.
O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.
“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.