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Amazônia: redução da pobreza e do desmatamento podem coexistir

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Pesquisa do Instituto Escolhas, divulgada hoje (15), mostra que a redução da pobreza nos estados da Amazônia Legal e a queda no desmatamento da floresta não são excludentes. 

De acordo com o estudo Como a bioeconomia pode combater a pobreza na Amazônia, o investimento em duas atividades – a horticultura e a recuperação florestal – pode reduzir a pobreza na região promovendo cadeias produtivas que não destroem a floresta.

Tendo como referência os estados do Pará e Maranhão, a pesquisa estima que a recuperação de 5,9 milhões de hectares de florestas no Pará tem potencial de gerar R$13,6 bilhões de receitas, criar 1 milhão de empregos diretos e indiretos, e reduzir em 50% o índice de pobreza no estado. No Maranhão, a recuperação de 1,9 milhão de hectares de florestas poderia gerar R$4,6 bilhões de receitas, criar 350 mil empregos diretos e indiretos, e reduzir em 21,5% o índice de pobreza no estado.

“Muita gente fica duvidando. Como é que você vai acabar com o crime [desmatamento] se as pessoas dependem dele para comer e para sobreviver? Isto aqui é o resultado que é possível fazer isso de forma diferente”, destaca o diretor executivo do Escolhas, Sergio Leitão.

“O caminho para o governo acabar com o desmatamento e tirar as pessoas que são utilizadas, infelizmente, como mão de obra que segura a motosserra é apostar no replantio de florestas”, acrescenta.

A horticultura (o cultivo de verduras e legumes), de acordo com a pesquisa, também possui grande potencial de inclusão produtiva da força de trabalho e pode ser feita em pequenas propriedades, com baixo investimento e alta capacidade de enquadramento em políticas de crédito como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). 

Segundo estimativas do estudo, o aumento da produção anual de hortaliças no Pará para 170 mil toneladas (hoje é 54,9 mil toneladas) tem potencial de gerar R$ 682 milhões de renda, criar 86 mil empregos diretos e reduzir em 6% o índice de pobreza no estado. Já se o Maranhão aumentar sua produção para 187 mil toneladas (hoje em 29,2 mil toneladas), poderá gerar 600 milhões de renda, criar 134 mil empregos diretos e reduzir em 9% o índice de pobreza no estado.

“É preciso dizer para as pessoas que elas não precisam ter como única possibilidade de geração de sustento dos seus filhos desmatar floresta. Aqui tem dois exemplos muito claros do que pode ser feito para gerar renda, para gerar emprego, reduzindo a desigualdade com a proteção das florestas e com a geração de alimentos saudáveis”, afirma Leitão.

Edição: Aline Leal

Fonte: EBC Geral

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Daltonismo em crianças: médica explica como identificar a condição

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Daltonismo em crianças: médica explica como identificar a condição
André Braga

Daltonismo em crianças: médica explica como identificar a condição

Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.

O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.

“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.

É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.

“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.

O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.

“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.

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Fonte: Nacional

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