Uma plataforma de inteligência artificial desenvolvida por pesquisadores da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre auxilia pacientes com Alzheimer a preservarem a memória por meio da terapia de reminiscência, que se baseia na recuperação de memórias do passado.
De acordo com o Ministério da Educação, a intervenção é reconhecida em estudos científicos pelos efeitos positivos sobre a saúde mental de pacientes, cuidadores e familiares, além do atraso da progressão dos sintomas.
Diferentemente de outras tecnologias em inteligência artificial mais conhecidas, como o ChatGPT, a plataforma bAIgrapher foi projetada para produzir autobiografias e não atua como um assistente de escrita ou chatbot.
O sistema utiliza depoimentos de pessoas indicadas pelo paciente, em formato de texto, áudio e imagens. Os materiais são interpretados, organizados e reescritos para construir uma autobiografia literariamente uniforme e cronologicamente ordenada.
O projeto conquistou o Leão de Bronze no Festival de Cannes, na França, na categoria Print&Publishing e representa, de acordo com o ministério, auxílio tecnológico para pessoas com Alzheimer.
Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.
O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.
“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.
É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.
“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.
O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.
“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.