Policiais civis prenderam nesta quarta-feira (28.06) mais um dos foragidos da Operação Procusto, deflagrada ontem em Nova Ubiratã contra mandante e executores do assassinato de um jovem paulista torturado e morto em abril deste ano.
O investigado J.V.N.C. foi localizado pela equipe da Polícia Civil em uma vila rural, a 100 quilômetros da cidade de Nova Ubiratã. Ele foi conduzido à unidade prisional de Sorriso, onde permanecerá à disposição da Justiça.
A Operação Procusto foi deflagrada para o cumprimento de oito ordens de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão contra integrantes de uma facção criminosa envolvidos no sequestro, tortura e homicídio qualificado de Pablo Ronaldo Coelho dos Santos, de 24 anos.
Pablo foi sequestrado no dia 19 de abril junto com um amigo, quando ambos estavam em um bar de Nova Ubiratã. Os dois tinham vindo do interior de São Paulo para trabalhar. Os dois foram levados a uma casa, sofreram diversas torturas durante a madrugada e, na manhã do dia seguinte, levados a uma área de mata da cidade. No trajeto, o amigo de Pablo conseguiu escapar do veículo dos criminosos e, mesmo ferido, procurou ajuda na polícia. Pablo foi executado, teve membros decepados e o corpo ocultado na mata, sendo encontrado após 42 dias de buscas.
O delegado responsável pela investigação, Bruno França Ferreira, destaca que motivo de toda a crueldade praticada pelo grupo criminoso foi o fato de as vítimas terem, supostamente, feito um sinal com a mão que remetia ao número três.
Entre os presos na operação está uma funcionária da educação no município de Nova Ubiratã. O inquérito policial apurou que ela atuou diretamente na execução dos crimes e agiu com extrema perversidade, inclusive, mandando que as vítimas fossem mutiladas.
Os crimes foram ordenados por um criminoso, A.A.L., que está detido na Penitenciária Central do Estado. De dentro da unidade prisional, ele recebia as informações dos demais integrantes da organização criminosa que estavam monitorando Pablo e seu amigo desde que ambos chegaram a Nova Ubiratã.
Informações reunidas pela Polícia Civil apontaram ainda que o sequestro foi premeditado para torturar as vítimas a fim de que confessassem integrar uma facção criminosa rival.
Um dos alvos da operação continua sendo procurada pela Polícia Civil.