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MATO GROSSO

Alunos de escola estadual participam de Círculos de Paz no Fórum de Chapada dos Guimarães

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 Alunos e alunas da Escola Estadual Rafael de Siqueira, em Chapada dos Guimarães, participaram de círculos de construção de paz promovidos pelo Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) da Comarca, dirigido pelo juiz Leonísio Salles de Abreu Júnior e pela gestora do Cejusc, Ildenes Rocio Ribas Reis.
 
Nas dinâmicas realizadas nessa terça e quarta-feira (30 e 31 de maio), no plenário do fórum, os estudantes puderam trabalhar os conflitos que têm vivenciado na escola, com a mediação do magistrado e da gestora.
 
Valores como amizade, tolerância, resiliência, compaixão, empatia, paciência, dignidade e outros foram trabalhados com os estudantes nos círculos.
 
“Foi gratificante e muito bacana, no sentido de que estamos implementando uma política pública e plantando uma semente. Recebemos elogios dos alunos, que manifestaram interesse em praticar outros círculos, conversar, discutir conflitos, vivenciar esse novo olhar”, apontou o juiz.
 
A própria escola pediu a realização do círculo porque estava se deparando com casos de bullying, agressão física e racismo. Participaram 28 alunos de uma turma do 9º ano, com idade entre 13 e 14 anos.
 
“No início, percebi que estavam arredios, não sabiam do que se tratava, estavam restritos nas respostas, mas depois fluiu e foi muito bom, tivemos um resultado excelente. Eles perceberam que podem resolver juntos, querem repetir o circulo e indicaram outros temas”, frisou a gestora.
 
Os círculos de construção de paz fazem parte da Justiça Restaurativa, um segmento do Poder Judiciário que trabalha maneiras adequadas de solucionar conflitos.
 
O magistrado mencionou ainda o movimento nacional do Ministério da Educação em aderir os círculos de paz como uma forma de combater a violência nas escolas. Segundo ele, em 2022, em Mato Grosso, houve um aumento de 68% violência escolar, sendo que o bulliyng representa 65% dos casos de violência nas unidades escolares.
 
#Paratodosverem
Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual.
Descrição de imagem: foto horizontal colorida do círculo de paz. Os adolescentes estão no fórum, sentados em círculo, em cadeiras. O juiz e a gestora seguram papéis e conduzem o trabalho. Ao centro, um tapete com objetos coloridos e palavras escritas em papéis coloridos.
 
Mylena Petrucelli
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT
imprensa@tjmt.jus.br
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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