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Alexei Navalny: quem era opositor de Putin morto na prisão nesta sexta

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Alexei Navalny
Pavel Golovkin/Getty Images

Alexei Navalny

Alexei Navalny, principal opositor do presidente russo Vladimir Putin, morreu aos 47 anos na prisão , conforme comunicado das agências locais nesta sexta-feira (16). O Serviço Penitenciário Federal informou que ele “passou mal após uma caminhada, perdendo quase imediatamente a consciência”. Médicos da instituição tentaram reanimá-lo, mas sem sucesso. As causas do óbito estão sob investigação.

Quando soube da sentença de dois anos e oito meses em regime fechado, em 2021, Navalny olhou para sua esposa, Yulia, e disse que “tudo ficaria bem”. O mais ferrenho crítico de Putin arriscou ao retornar a Moscou após ser envenenado em 2020 e tratado na Alemanha. Embora sua prisão fosse esperada, a possibilidade de desaparecer da vida pública lançou a oposição russa — e até o governo — em território desconhecido.

Diferente de outros políticos russos, Navalny não tinha conexões com oligarcas ou famílias tradicionais, e não surgiu na era soviética. Criado nos arredores de Moscou, filho de pequenos empresários, passou verões na Ucrânia, onde parte de sua família morava. Graduou-se em Direito na Universidade Russa da Amizade dos Povos, onde estudaram líderes como Mahmoud Abbas e Daniel Ortega. Sua formação em finanças se mostrou útil em suas atividades políticas.

Ganhou notoriedade ao expor a corrupção oficial, chamando o partido de Putin, Rússia Unida, de “o partido dos vigaristas e ladrões”. Em 2006, iniciou um blog sobre corrupção nas grandes corporações russas, investindo em ações dessas empresas para ter acesso a informações para suas postagens.

Um de seus casos mais famosos foi a denúncia de um desvio de US$ 4 bilhões na operadora de oleodutos Transneft, revelado em 2010. Apesar das evidências, não resultou em condenações ou popularidade para Navalny.

Criou o projeto RosYama, onde os cidadãos reportavam buracos nas ruas, pressionando as autoridades para repará-los, e a Fundação Anticorrupção. Seu foco na corrupção pressionou Putin, e suas táticas se destacaram num momento em que a oposição estava desacreditada.

Apesar de ser considerado a “face da oposição” pelo Ocidente, Navalny não seguiu a linha internacionalista e liberal esperada. Se definiu como nacionalista democrata e foi acusado de se associar a grupos extremistas.

Usou as redes sociais para adotar um “social-populismo”, denunciando desigualdades e luxos dos ricos, mas sem avançar em reformas. Organizou protestos e candidatou-se à prefeitura de Moscou em 2013 e 2016, além de lançar a estratégia de “votação inteligente” nas eleições legislativas de 2021.

Em 2020, foi envenenado e tratado na Alemanha, retornando à Rússia, onde foi preso. Seu documentário sobre a corrupção de Putin gerou protestos pela sua libertação em 2021. Embora sua popularidade tenha aumentado após o envenenamento, apenas 25% dos russos aprovam suas ações, segundo o Instituto Levada.

Fonte: Internacional

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Putin confirma encontro com Xi Jinping na Rússia em outubro

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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho
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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho


O presidente da Rússia, Vladimir Putin,  confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.

O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.

De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.

Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.

“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.

O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.

A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.

Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.

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Fonte: Internacional

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