Com a chegada do inverno, as alergias respiratórias sazonais começam a incomodar muitas pessoas. Para este período, a otorrinolaringologista pediátrica Sofia Borges destaca a importância de cuidados específicos para manter os sintomas sob controle e melhorar a qualidade de vida dos alérgicos.
Segundo a especialista, a lavagem nasal diária é fundamental, assim como manter a casa bem ventilada para reduzir a presença de possíveis alérgenos no ambiente. Além da limpeza adequada da casa, o uso de aspirador de pó com filtro HEPA ou pano úmido é recomendado para evitar o acúmulo de poeira.
“Durante a limpeza, é aconselhável evitar espanar, varrer, arrumar camas, gavetas e estantes, pois essas atividades podem levantar poeira. Se for inevitável permanecer em casa durante a limpeza, improvisar uma máscara com pano úmido pode ser uma solução eficaz”, recomendou.
A especialista orienta ainda a evitar acolchoados de lã, penas ou algodão, que são difíceis de limpar e propensos a acumular poeira. A médica destaca a importância de revestir travesseiros e colchões com tecido impermeabilizado, lavar cobertores e blusas de lã antes do uso, e restringir o contato com ambientes empoeirados durante o inverno.
“Se o alérgico dormir no mesmo quarto que outra pessoa, esta deve seguir as mesmas orientações. Além disso, é importante impedir que as crianças brinquem em tapetes e evitar brinquedos peludos”, acrescentou a otorrinolaringologista.
Outra dica importante da especialista é restringir o uso de produtos químicos, como inseticidas, desinfetantes e água sanitária, bem como evitar a exposição a fumaça e outros agentes irritantes.
“Fumar ou frequentar locais com fumantes deve ser evitado e banhos devem ser mornos no inverno”, ressaltou.
Sofia também ressalta a importância da alimentação e do controle ambiental na prevenção de crises alérgicas. E reforça a importância da lavagem nasal, destacando a eficácia de dispositivos lúdicos, como o Nosewash, para tornar o processo mais confortável, especialmente para crianças.
Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.
O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.
“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.
É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.
“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.
O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.
“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.