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Política Nacional

Alckmin se diz a favor de mulher negra no STF: ‘Extremamente positivo’

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Geraldo Alckmin, ministro da Indústria e Comércio e vice-presidente de Lula
José Cruz/Agência Brasil

Geraldo Alckmin, ministro da Indústria e Comércio e vice-presidente de Lula

O vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB) , afirmou na última segunda-feira (14) que consideraria “extremamente positiva” a indicação de uma mulher negra para o STF (Supremo Tribunal Federal). O  presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá direito a indicar 2 ministros para compor o Supremo ainda neste ano de 2023.

“Cabe ao presidente da República e ao Senado Federal decidir [quem integrará o STF]. Claro que, sempre que nós pudermos ampliar a presença das mulheres, é extremamente positivo. E também a presença negra, é importante e relevante”, disse Alckmin a jornalistas após um evento da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos). “Nós somos um país de miscigenação, formado por raiz africana”, completou.

Serão abertas duas vagas no Supremo com as aposentadorias da presidente da Corte, Rosa Weber, e de Ricardo Lewandowski. Lewandowski se aposenta em 11 de maio e Weber, em 2 de outubro. Ambos completam 75 anos em 2023, idade em que os ministros do Supremo são obrigados a deixar suas funções.             

Na membresia do atual STF, 3 nomes foram indicados por Lula: Dias Toffoli (2009), Cármen Lúcia e Lewandowski (2006). Já o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) indicou Nunes Marques (2020) e André Mendonça (2021).

Em fevereiro, Lula disse que a indicação de ministro para o STF será “sempre neutra” e que não pretende pedir “favores” a nenhum dos indicados durante o seu mandato.

No início de 2 de março, o presidente afirmou que “todo mundo compreenderia” se ele indicasse o advogado Cristiano Zanin, que o defendeu durante as acusações da Lava Jato.

Zanin foi o responsável pela saída do petista da prisão, além do fim de sua inelegibilidade. Ele é um dos mais cotados para a indicação de Lula. Outro candidato é o advogado Manoel Carlos, próximo a Lewandowski.

No Dia Internacional da Mulher, em 8 de março, o também ministro do STF, Edson Fachin, se mostrou favorável a indicação de uma mulher negra à Corte.

“Cumprimento as senhoras ministras na data de hoje. Ministra Rosa [Weber] e ministra Carmen [Lúcia], que aqui estão, e a ministra Ellen [Gracie], que aqui esteve. E peço licença para cumprimentar uma 4ª ministra, que, quem sabe, um lugar do futuro colocará nesse plenário. Uma mulher negra”, afirmou Fachin.

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Fonte: IG Política

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Política Nacional

Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu na noite desta sexta-feira (6) demitir o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, depois das denúncias de assédio sexual. 

“O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em nota.

A Polícia Federal abriu investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.

“O governo federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, completou a nota. 

Silvio Almeida estava à frente do ministério desde o início de janeiro de 2023. Advogado e professor universitário, ele se projetou como um dos mais importantes intelectuais brasileiros da atualidade ao publicar artigos e livros sobre direito, filosofia, economia política e, principalmente, relações raciais.

Seu livro Racismo Estrutural (2019) foi um dos dez mais vendidos em 2020 e muitos o consideram uma obra imprescindível para se compreender a forma como o racismo está instituído na estrutura social, política e econômica brasileira. Um dos fundadores do Instituto Luiz Gama, Almeida também foi relator, em 2021, da comissão de juristas que a Câmara dos Deputados criou para propor o aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo institucional.

Acusações

As denúncias contra o ministro Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles na tarde desta quinta-feira (5) e posteriormente confirmadas pela organização Me Too. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu a mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente por Almeida.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentam dificuldades em obter apoio institucional para validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, explicou a Me Too, em nota.

Segundo o site Metrópoles, entre as supostas vítimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

Horas após as denúncias virem a público, Almeida foi chamado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir procedimento para apurar as denúncias. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou, em nota, que “o governo federal reconhece a gravidade das denúncias” e que o caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”. A Polícia Federal (PF) informou hoje que vai investigar as denúncias.

Em nota divulgada pela manhã, o Ministério das Mulheres classificou como “graves” as denúncias contra o ministro e manifestou solidariedade a todas as mulheres “que diariamente quebram silêncios e denunciam situações de assédio e violência”. A pasta ainda reafirmou que nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada e destacou que toda denúncia desta natureza precisa ser investigada, “dando devido crédito à palavra das vítimas”.

Pouco depois, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, publicou em sua conta pessoal no Instagram uma foto sua de mãos dadas com Anielle Franco. “Minha solidariedade e apoio a você, minha amiga e colega de Esplanada, neste momento difícil”, escreveu Cida na publicação.

Fonte: EBC Política Nacional

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