O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) disse nesta segunda-feira (27) que o governo dos Estados Unidos prometeu enviar recursos “vultosos” para o Fundo Amazônia . Ele se encontrou com o representante norte-americano John Kerry para tratar de temas relacionados ao clima.
Alckmin conversou com jornalistas após a reunião com Kerry e integrantes do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio Itamaraty, em Brasília. O local é a residência oficial do Ministério das Relações Exteriores.
“O enviado John Kerry não definiu valor, mas colocou que vai se empenhar junto ao governo, ao Congresso americano e junto à iniciativa privada para termos recursos vultosos, não só no Fundo Amazônia, mas como também outras cooperações”, declarou o vice-presidente.
No começo de fevereiro, Lula viajou para Washington, nos Estados Unidos, e se encontrou com Joe Biden, presidente norte-americano. Após o encontro, o chefe do Executivo federal brasileiro confirmou que a gestão dos EUA tem a intenção de contribuir com o Fundo Amazônia, mas que nenhum valor tinha sido estipulado.
Jornalistas perguntaram hoje a Alckmin qual contrapartida os Estados Unidos exigiram para enviar dinheiro ao fundo. O vice-presidente relatou que não houve nenhuma exigência feita pelos norte-americanos, porque o governo brasileiro deixou claro quais trabalhos adotará para proteger o meio ambiente.
“O compromisso do Brasil já ficou claro na presença do presidente Lula no encontro com o presidente Joe Biden. Ficou claro o compromisso do Brasil de ser o grande protagonista no combate às mudanças climáticas”, pontuou.
Fundo Amazônia e os Estados Unidos
Segundo informações da jornalista Júlia Duailibi, do Portal G1, os Estados Unidos se comprometeram a doar cerca de US$ 50 milhões. Porém, o valor não foi confirmado pelo governo norte-americano.
A embaixadora dos EUA no Brasil, Elizabeth Bagley, relatou que o valor será definido pelo Congresso americano e a Casa Branca.
Durante 10 anos, o fundo recebeu dinheiro da Noruega, da Alemanha, da Petrobras e de outras empresas nacionais.
Com o retorno de Lula ao poder, o chanceler alemão, Olaf Scholz, afirmou que o governo da Alemanha destinará 203 milhões de euros para ações na Amazônia, sendo que 35 milhões de euros vão direto para o fundo. O ministro do Clima e Meio Ambiente da Noruega, Espen Barth Eidea, disse que o país ajudará na reestruturação do projeto.