Já pensou em ter a oportunidade de ouvir um trecho do álbum mais valioso e misterioso do mundo por um valor ínfimo? A partir desta quinta-feira (13), o grupo Pleasr, uma empresa de NFTs, atual detentora do disco, tornou isso possível. Basta US$ 1 (a cotação atual do dólar é de R$ 5,36) para ter acesso a uma versão digital criptografada de Once Upon a Time in Shaolin, do grupo de rap Wu-Tang Clan.
O disco, gravado entre 2006 e 2013, possui apenas uma cópia física e não está disponível em nenhuma outra plataforma, além de ter todas as ‘masters’ (versões finais das músicas) deletadas À época, o álbum foi lançado como uma crítica ao mercado da música e se tornou o mais valioso da história.
O Wu-Tang Chan criou um contrato para que o disco não fosse explorado comercialmente e nem lançado até 2103. O grupo Pleasr, que o adquiriu em 2021 por US$ 4 milhões (cerca de R$ 21 milhões), porém, pretende acelerar a data de lançamento do álbum
Para cada US$ 1 adquirido no site do Pleasr, o grupo vai adiantar a contagem regressiva em 88 segundos. Segundo o The New York Times, apenas uma amostra de cinco minutos do disco está disponível para quem desembolsar o valor, por enquanto.
O Pleasr informou que o lucro será compartilhado com todos os envolvidos na produção de Once Upon a Time in Shaolin, incluindo os artistas do grupo Wu-Tang Clan e os produtores. Em um manifesto, a empresa afirmou que realiza a ação em prol de questionar: “Estamos dispostos a pagar artistas na era digital?”
Entenda a história do álbum
Once Upon a Time in Shaolin foi gravado em segredo pelo grupo nova-iorquino Wu-Tang Clan entre 2006 e 2013. Em 2015, o empresário da indústria farmacêutica Martin Shrkeli, conhecido como o “empresário mais odiado do mundo”, comprou o disco por US$ 2 milhões (cerca de R$ 10,7 milhões) em um leilão.
Dois anos depois, Shrkeli tentou vender o álbum no eBay, um site de vendas online, e desagradou um dos membros do grupo. A venda nunca foi completada e, em 2018, o empresário foi indiciado por fraudes, entre outros crimes financeiros, e teve seus bens confiscados.
O disco ficou em posse do Departamento de Justiça dos Estados Unidos até ser vendido para o Pleasr. Até este ano, Once Upon a Time in Shaolin havia sido ouvido apenas uma vez. Em 2015, um trecho de 13 minutos foi reproduzido no MoMa (Museu de Arte Moderna) de Nova York para 150 críticos da arte e da música, além de possíveis compradores.
No mês passado, o museu MONA, na Tasmânia, havia anunciado que promoveria uma ‘listening party’ (evento em que os convidados podem ouvir músicas dentro do museu) para poucos ouvintes que conseguissem ingressos, distribuídos gratuitamente até o dia 30 de maio. A audição está marcada para ocorrer entre os dias 15 e 24 de junho.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.