O agronegócio do Distrito Federal movimentou cerca de R$ 6 bilhões de valor bruto no ano passado, em uma área produtiva de 178,5 mil hectares. O levantamento está presente no relatório do Valor Bruto da Produção Agropecuária da Emater-DF . Os números são a soma da produção da olericultura, como é o caso do tomate, da alface e do morango; das chamadas grandes culturas, como soja, milho e sorgo; da fruticultura, com goiaba, banana e abacate; da floricultura, como palmeiras, forrações e gramas; da silvicultura, como eucalipto, pupunha e guariroba; da pecuária, como carne, ovos e leite; e orgânicos.
A carne de frango se tornou a alternativa da população para os preços elevados da carne bovina no ano de 2023. Essa mudança de hábito influenciou positivamente a pecuária do Distrito Federal. No ano passado, o valor bruto da pecuária cresceu 78%, impulsionado pela avicultura industrial (R$ 1 bilhão), produção de ovo comercial (R$ 56 milhões) e de ovos férteis para frango de corte (R$ 703 milhões). O valor bruto é um indicador conjuntural que demonstra o desempenho das safras. A metodologia é a multiplicação da produção rural pelo preço dos produtos agropecuários.
O saldo positivo da pecuária foi o grande responsável pelo crescimento do valor bruto da agropecuária no ano passado. A pecuária se destacou no levantamento sendo responsável por um valor bruto de mais de R$ 2 bilhões registrado no ano passado, representando 35,27% do somatório geral. As hortaliças significaram cerca de R$ 1,7 bilhão no somatório do valor bruto, ficando em segundo lugar (31,85%). Na sequência estão os grãos, com o valor de mais de R$ 1,4 bilhão (24,97%). Fruticultura fecha o pódio com mais de R$ 205 milhões de valor anual bruto em 2023.
“Houve um aumento de 40% a 50% do preço das hortaliças. Esse aumento de preço incentivou o cultivo e fez aumentar em mais de mil hectares a área plantada” , explica Jair Tostes, técnico da Emater-DF.
As grandes culturas como milho e soja registraram retração de 26,8% de 2022 para 2023 pela queda dos preços internacionais. “Houve uma diminuição de área plantada dessas commodities por causa do preço. Enquanto isso, as hortaliças cresceram 18,9%” , explicou Cleison Durval, presidente da Emater-DF. Quando o critério é área produtiva por hectare, os grãos estão em 165.444,86 hectares de área cultivada e a floricultura está em 1.683,63 hectares. Já as hortaliças estão em 8.467,803 hectares.
Orgânicos A produção de grandes culturas orgânicas ocupou uma área de 69,7 hectares, com um valor bruto de cerca de R$ 2 milhões. Foram cultivados feijão, milho, café, arroz, girassol, amendoim e cana de açúcar. A olericultura orgânica foi responsável por 11,7 toneladas de produção, em uma área de 462,27 hectares e com um valor bruto de mais de R$ 123 milhões.
A floricultura orgânica foi responsável por uma produção de quase duas toneladas, cultivada em uma área de 99,44 hectares, em um valor bruto anual de R$ 11,5 milhões. Já a silvicultura orgânica, que é composta por guariroba e mogno no relatório, significou um valor bruto de mais de R$ 63 mil. Os orgânicos significam 3,72% do valor bruto de 2023.
O relatório da Emater-DF foi realizado calculando a produtividade de cada setor e multiplicando com o valor médio recebido pelo produtor. Os dados da produção são inseridos durante todo ano no sistema informatizado da Emater-DF.
“A Gerência de Desenvolvimento Econômico compila e padroniza os dados. A Gerência de Comercialização e Organização Rural realiza o levantamento dos preços médios dos produtos agropecuários recebidos pelos produtores no ano de 2023. Depois, esses dados são consolidados em planilha para a equação do valor bruto” , finaliza Jair Tostes.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.