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Agronegócio

Agronegócio gerou 28 milhões de empregos em 2023, diz Cepea

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Um relatório divulgado nesta quinta-feira (21.12) revelou que o agronegócio brasileiro alcançou um novo recorde histórico em ocupação de postos de trabalho.

A pesquisa conduzida pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em colaboração com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), apontou que 28,5 milhões de pessoas estavam empregadas no setor durante o terceiro trimestre de 2023.

Este número representa 26,8% do total de ocupações no Brasil durante esse período, demonstrando a crescente importância do setor na economia do país. Comparativamente ao mesmo período do ano passado, houve um aumento de 1,4% na quantidade de trabalhadores do agronegócio, o que equivale a cerca de 396,07 mil pessoas.

Os pesquisadores do Cepea/CNA apontaram que esse crescimento foi impulsionado pelo aumento no segmento dos agrosserviços, que registrou um acréscimo de 8,1%, totalizando 744,25 mil pessoas, além do incremento de 9,4% no emprego no segmento de insumos, representando um acréscimo de 26,5 mil pessoas.

Por outro lado, houve uma diminuição de 3,8% na população ocupada na agropecuária, equivalente a 333,72 mil pessoas. Setores como horticultura, cafeicultura, bovinocultura, produção florestal e outras atividades agrícolas foram os mais afetados.

Em relação ao perfil dos trabalhadores, a pesquisa destacou um aumento na formalização, com um crescimento de 4,9% nos profissionais com carteira assinada, totalizando 435,8 mil pessoas. Além disso, houve um aumento de 7,5% nos trabalhadores com ensino superior e 4,5% com ensino médio, enquanto os profissionais com ensino fundamental diminuíram em 3,2%.

No que diz respeito aos rendimentos salariais, observou-se um crescimento de 3,4% no terceiro trimestre de 2023 em comparação com o mesmo período do ano anterior, mantendo-se ligeiramente abaixo da média nacional (+3,5%). A indústria de insumos foi o segmento que mais se destacou, com um avanço de 11,8% nos rendimentos.

Exceto na agroindústria pecuária, que registrou uma redução de 2,9%, houve melhorias nos rendimentos em todos os demais setores do agronegócio brasileiro, indicando uma tendência positiva de desenvolvimento no mercado de trabalho do setor.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Fiagros alcançam R$ 41,7 bilhões e ganham força no mercado de capitais agroindustrial

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Os fundos de investimento nas cadeias produtivas agroindustriais (Fiagros) seguem em ritmo acelerado de crescimento, consolidando-se como uma alternativa promissora para o agronegócio dentro do mercado de capitais. Dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mostram que, desde a criação dos Fiagros em 2021, o patrimônio desses fundos multiplicou-se quatro vezes, alcançando R$ 41,7 bilhões até agosto de 2024. Apenas neste ano, o setor registrou um aumento de 5,3%, comparado aos R$ 38 bilhões registrados em dezembro de 2023.

Os Fiagros vêm atraindo atenção por permitirem que investidores se exponham ao setor agroindustrial brasileiro, diversificando suas carteiras com potencial de retorno financeiro. Entre agosto de 2023 e agosto de 2024, o número de Fiagros aumentou 58%, chegando a 116 fundos ativos no mercado. Esse avanço reflete a popularidade crescente desses fundos, que são beneficiados por incentivos fiscais e regulamentações favoráveis, fatores que também contribuíram para o fortalecimento do setor desde sua criação.

Além dos Fiagros, outros instrumentos financeiros ligados ao agronegócio também mostram desempenho positivo. As Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) cresceram 6,1%, totalizando R$ 487 bilhões, enquanto as Cédulas de Produto Rural (CPRs) aumentaram expressivos 33,5%, somando R$ 398 bilhões. Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) e Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCAs) também registraram crescimento de 14,9% e 25,8%, respectivamente.

Apesar do cenário promissor, o mercado de Fiagros enfrenta desafios, como a alta taxa de juros e os impactos de eventos climáticos, que afetam o fluxo de caixa dos produtores e elevam o risco de crédito. Outro fator observado é a queda nos dividendos, que hoje se aproximam dos valores de fundos imobiliários tradicionais, com uma diferença de apenas 0,8%, comparada aos 2,2% em 2023.

Fonte: Pensar Agro

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