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Agronegócio

Agronegócio exportou quase US$ 17 bilhões em maio. Acumulado supera US$ 67 bi

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As exportações do agronegócio brasileiro alcançaram US$ 16,78 bilhões em maio: 11,2% superiores ao mesmo mês em 2022. Nunca as exportações ultrapassaram US$ 16 bilhões em um único mês, considerando-se toda a série histórica iniciada em 1997. Com o recorde, a participação do agronegócio nas exportações totais brasileiras alcançou 50,8%.

O acumulado do ano (de janeiro a maio) somaram US$ 67,3 bilhões, o que representa um crescimento de 5,8% na comparação com o mesmo período em 2022, quando as vendas foram de US$ 64 bilhões. O agronegócio representou quase metade das vendas externas totais do Brasil, com participação de 49,5%.

Segundo análise da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa), a excelente safra brasileira de grãos, superior a 315 milhões de toneladas, influenciou diretamente este resultado. O índice de quantum das exportações do agronegócio em maio cresceu 27,6%, e, mesmo diante da redução dos preços internacionais, possibilitou a geração de um novo recorde nas exportações do agronegócio.

Entre os destaques que mais contribuíram para o desempenho favorável estão os recordes em soja em grão, farelo de soja, frango e carne suína em valor e quantidade; recorde de milho e açúcar em valor; celulose e óleo de soja, recordes em quantidade.

A soja em grão representou 81,2% do valor embarcado pelo setor complexo soja, alcançando o valor histórico de US$ 26,53 bilhões, com recorde também em volumes: 49 milhões de toneladas.

Em 2023, o Brasil deve se tornar o maior exportador de farelo de soja do mundo. O produto registrou recorde em valor (US$ 4,76 bilhões) e quantum (8,84 milhões de toneladas).

As vendas externas de milho ficaram em US$ 3,09 bilhões, valor recorde para a série histórica. Segundo a análise da SCRI, a atual safra de milho prevista pela Conab no montante recorde de 125,72 milhões de toneladas, ainda sob os efeitos somente da primeira safra do cereal, favorece o incremento nas vendas externas. Foram embarcadas 10,6 milhões de toneladas do grão.

As vendas de açúcar também registraram recorde em valor, alcançando US$ 3,85 bilhões. Foram comercializadas 8,4 milhões de toneladas do produto.

Já a celulose foi responsável por 8,17 milhões de toneladas, quantidade recorde para o período. O óleo de soja também teve recorde no quantum, com 1,19 milhão de toneladas.

A carne de frango representou recordes de US$ 4,21 bilhões e de 2,13 milhões de toneladas, e as exportações de carne suína foram de US$ 1,14 bilhão e 473 mil toneladas.

As vendas de soja em grãos representaram outro recorde, com US$ 8,13 bilhões exportados. O volume, por sua vez, foi o segundo melhor de toda a série histórica, 15,60 milhões de toneladas embarcadas, somente superado pelo volume de abril de 2021 (16,11 milhões de toneladas). A China foi o principal destino (cerca de 60% do total).

As vendas externas de farelo de soja também registraram recorde, dessa vez de valor e volume exportados, US$ 1,43 bilhão (+32,0%) e 2,71 milhões de toneladas (+38,4%), respectivamente.

As exportações de carne bovina recuaram para US$ 952 milhões (-11,8%), devido à redução do preço médio de exportação. Por outro lado, houve recorde em volume: 191 mil toneladas, influenciado pela demanda chinesa após os efeitos da suspensão temporária das vendas ao país. A China é a maior importadora da carne bovina do Brasil, com 61,3% do valor total exportado.

Apesar da redução em valor, US$ 854 milhões (-3,5%), as exportações de carne de frango foram recordes em quantidade: 423 mil toneladas. O aumento da quantidade exportada ocorreu mesmo após o registro dos primeiros casos de Influenza Aviária confirmados no Brasil. Nesse cenário, o Ministério da Agricultura e Pecuária declarou estado de emergência zoo-sanitária no país, e tem adotado medidas preventivas de forma a impedir a chegada do vírus às granjas comerciais

O setor sucroalcooleiro apresentou forte elevação de valor exportado, passando de US$ 665 milhões em maio de 2022 para US$ 1,21 bilhão em maio de 2023 (+81,2%). O açúcar é o principal produto exportado pelo setor, com valor recorde de US$ 1,14 bilhão exportados (+88,5%).

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Cooperativismo agrícola ganha destaque como motor de desenvolvimento sustentável e social

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O cooperativismo no Brasil e no mundo exerce um papel cada vez mais relevante, especialmente no contexto agrícola. De acordo com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), o país conta com mais de 4.500 cooperativas, das quais 71,2% são voltadas à agricultura familiar, um setor essencial para a produção de alimentos.

No âmbito global, existem mais de três milhões de cooperativas com cerca de um bilhão de membros, representando 12% da população mundial. Esse movimento tem sido destacado como um fator chave para o desenvolvimento social e econômico, especialmente em eventos de grande relevância, como a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), que termina amanhã (22.11) em Baku, Azerbaijão.

De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro, existiam em 2023, um total de 4.693 cooperativas no Brasil:

1185 do Setor Agropecuário
235 do Setor de Consumo
728 do Setor de Crédito
284 do Setor de Infraestrutura
720 do Setor de Saúde
655 do Setor de Trabalho, Produção de Bens e Serviços
886 do Setor de Transporte

As cooperativas Agropecuárias possuem mais de 1 milhão de cooperados e representam uma força significativa na produção e comercialização de alimentos e matérias-primas.

O cooperativismo no setor agrícola vai além da produção de alimentos e da geração de lucro. Ele se transforma em uma ferramenta poderosa de desenvolvimento sustentável, proporcionando vantagens econômicas tanto para o agricultor quanto para o meio ambiente.

As 10 maiores e quanto faturaram segundo dados da Forbes Agro100 2023:

  • COAMO – R$ 26,07 bilhões
  • C. VALE – R$ 22,44 bilhões
  • LAR COOPERATIVA – R$ 21,07 bilhões
  • COMIGO – R$ 15,32 bilhões
  • COCAMAR – R$ 10,32 bilhões
  • COOXUPÉ – R$ 10,11 bilhões
  • COPERCITRUS – R$ 9,03 bilhões
  • COOPERALFA – R$ 8,41 bilhões
  • INTEGRADA COOPERATIVAS – R$ 8,32 bilhões
  • FRÍSIA Agroindustrial – R$ 7,06 bilhões

Matheus Kfouri Marinho, presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, destacou em seu discurso na COP29 que a adoção de práticas sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta e o uso de tecnologias de precisão, gera economia para os produtores e, ao mesmo tempo, reduz o impacto ambiental. Essa visão inovadora evidencia o potencial do cooperativismo como um catalisador de práticas agrícolas mais responsáveis.

A importância do cooperativismo no Brasil é ainda mais evidente, considerando que ele representa mais de um milhão de produtores rurais. Como explicou Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, as cooperativas têm uma presença vital no cotidiano dos brasileiros, sendo responsáveis por metade dos alimentos consumidos no país, desde o café até a carne.

Além disso, as cooperativas facilitam a comunicação direta com o produtor rural, permitindo discussões sobre sustentabilidade e práticas agrícolas mais eficazes. Exemplos como o da Cooxupé, que oferece educação ambiental e muda para a preservação do meio ambiente, e o projeto Gerações, que busca promover melhorias nas propriedades rurais, reforçam o papel fundamental das cooperativas no desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável e socialmente responsável.

Fonte: Pensar Agro

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