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Agronegócio

Agronegócio do Piauí cresceu 384% em 8 anos

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O agronegócio tem sido um dos pilares do crescimento econômico do Piauí, registrando uma impressionante expansão nos últimos anos. Entre 2015 e 2023, o valor da produção agrícola no estado aumentou 384%, passando de R$ 2,6 bilhões para quase R$ 13 bilhões, de acordo com dados do IBGE. Esse avanço reflete o potencial do setor em transformar a economia local, gerando empregos, renda e desenvolvimento em diversas regiões.

Reconhecendo o impacto desse progresso, o governador Rafael Fonteles entregou, nesta semana, a Medalha Estadual do Mérito Agropecuário João Mendes Olímpio de Melo a produtores, técnicos, instituições e empresas que se destacaram no setor. Criada em 1992, a honraria celebra aqueles que contribuem diretamente para o fortalecimento do agronegócio piauiense e para a consolidação do estado como um importante produtor agrícola no Brasil.

Na edição deste ano, 20 personalidades foram homenageadas, entre elas João Claudino Fernandes Júnior, agraciado na categoria Produtor. Ele destacou os avanços na pecuária regional, com ênfase no desenvolvimento genético de bovinos. “Investimos fortemente em melhorias genéticas e novas metodologias. É uma felicidade poder representar o legado do meu pai, João Claudino”, afirmou.

Bruna Helena Sedrez Rebelo, homenageada como Técnica por seu trabalho em seguros voltados ao agronegócio, também discursou. “A medalha reconhece nossos esforços para desenvolver pessoas, oferecer oportunidades e consolidar o Piauí como um estado único, sem divisões regionais. Isso nos enche de alegria e orgulho”, declarou.

O secretário do Agronegócio, Fábio Xavier, reforçou a importância de valorizar os atores que impulsionam o desenvolvimento. “Temos a obrigação de reconhecer aqueles que fazem o Piauí avançar. Nosso estado vive um momento de transformação e união, graças ao trabalho desses profissionais e instituições”, disse.

Com culturas diversificadas como soja, milho, mandioca, cana-de-açúcar, feijão e arroz, o Piauí ocupa a 13ª posição no ranking nacional de valor da produção agrícola, respondendo por 1,59% do total do país. A maior parte dessa riqueza está concentrada em seis municípios – Baixa Grande do Ribeiro, Uruçuí, Ribeiro Gonçalves, Bom Jesus, Santa Filomena e Currais –, que representam 72% da produção estadual.

Os resultados alcançados são fruto de investimentos em tecnologia, inovação e capacitação no campo, que têm transformado o Piauí em uma referência regional. A união entre o setor público e privado é apontada como essencial para continuar avançando.

A celebração da Medalha do Mérito Agropecuário reflete não apenas o reconhecimento individual, mas também o fortalecimento de um setor que coloca o Piauí no mapa da produção nacional, mostrando que o estado está preparado para competir em nível global.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Capacidade portuária no limite pode travar exportações do agronegócio

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O agronegócio brasileiro enfrenta um risco crescente de ter problemas logísticos à medida que os terminais graneleiros dos portos do país se aproximam da capacidade máxima frente à demanda crescente de exportação de commodities. Um estudo realizado pela consultoria Macroinfra, especializado em infraestrutura, aponta que, sem novos investimentos, a infraestrutura atual será insuficiente para atender ao aumento previsto na produção até 2028.

De acordo com o levantamento, divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo, os terminais portuários brasileiros operam hoje com mais de 91% de sua capacidade destinada a granéis agrícolas, como soja, milho e trigo. Esse índice está acima do limite de segurança operacional, estimado em 85%. Olivier Girard, sócio-diretor da Macroinfra, alerta para a situação crítica: “Estamos em um pré-gargalo. Se novos terminais não forem integrados à matriz portuária brasileira, até a safra 2027/28 já estaremos com 100% da capacidade tomada.”

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) projeta que a produção de grãos no Brasil crescerá 27% nos próximos dez anos, alcançando 379 milhões de toneladas. No entanto, a capacidade instalada dos portos, que era de 234 milhões de toneladas em 2022, já não será suficiente em 2028, quando a demanda de exportação atingirá 238,9 milhões de toneladas, segundo a consultoria.

Outro entrave identificado no estudo é a forte dependência do transporte rodoviário para escoar a produção do interior até os portos. Essa limitação de modais aumenta custos e limita a eficiência logística, sobretudo em regiões mais afastadas do eixo Sul-Sudeste, onde se concentra 72,5% da capacidade portuária.

A Macroinfra destaca a necessidade de ampliar a infraestrutura portuária no Arco Norte, que inclui estados como Amapá, Pará, Rondônia, Amazonas e Maranhão. A região tem potencial para se tornar um novo polo logístico, ajudando a descongestionar os portos do Sul e Sudeste.

“A maior parte da capacidade está no Sul e Sudeste, mas o crescimento da produção e das exportações se dará cada vez mais no Arco Norte”, afirmou Girard. Segundo o estudo, projetos de ampliação e construção de terminais portuários poderiam adicionar 173,5 milhões de toneladas à capacidade nacional, com foco estratégico nessa região.

A consultoria reforça que a solução para evitar o colapso logístico está na implementação urgente de novos projetos portuários e na diversificação dos modais de transporte, reduzindo a dependência das rodovias.

O levantamento utilizou dados da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), apresentando uma visão abrangente da situação. Empresas e órgãos como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Vale e Suzano estão entre os clientes atendidos pela consultoria, que destaca a importância de uma ação coordenada entre o governo e a iniciativa privada para garantir a competitividade do agronegócio brasileiro nos mercados internacionais.

Sem investimentos urgentes, o Brasil, maior produtor mundial de soja e responsável por 7,8% das exportações globais de grãos, pode enfrentar sérias dificuldades em sustentar seu protagonismo no comércio internacional.

Fonte: Pensar Agro

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