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MATO GROSSO

Agente Mirim é certificado como destaque entre projetos sociais por instituto nacional 

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O projeto social Agente Mirim, desenvolvido pela Cadeia Pública de Barra do Garças (501 km de Cuiabá), foi considerado destaque em 2022 entre os projetos sociais desenvolvidos na cidade em pesquisa realizada pelo Instituto Sonda com os moradores do município. A lista dos reconhecidos foi divulgada nesta quinta-feira (23.02) pelos organizadores.

O Instituto Sonda é uma empresa sediada em Cascavel (PR) que faz pesquisa sobre gestores públicos e empresas privadas em território nacional e possui uma unidade em Barra do Garças. Todos os anos a empresa certifica as melhores ideias, empresas e profissionais do município em mais de 100 categorias. A pesquisa é feita por meio de votação do público nas redes sociais da filial da empresa no município.  Os destaques em cada categoria recebem um certificado. 

O Agente Mirim é um projeto antidroga que atende crianças e adolescentes em condições de vulnerabilidade social e foi idealizado pela primeira vez no município de Campo Novo do Parecis pelo policial penal Fábio Aguiar em 2015 e chegou a quatro municípios, dentre eles Mirassol D’oeste e Tangará da Serra. 

Em Barra do Garças, o projeto é coordenado pelo policial Penal Bruno Henrique Ferreira Marques e foi desenvolvido pela primeira vez no ano passado, quando foram atendidos cerca de 100 alunos entre sete e 17 anos. O Agente Mirim ofereceu atividades educacionais para formação do cidadão, além de conhecer a função de um policial penal por meio de palestras.

“As aulas são realizadas todo sábado e conta com o apoio de policiais penais que trabalham de forma voluntária durante os dias de folga dos plantões. A certificação foi um reconhecimento da população diante da boa aceitação do público e da proposta do projeto”, ponderou Bruno Henrique.

Em 2022, os alunos do projeto tiveram palestras sobre a Lei Maria da Penha, Direitos e Deveres da Criança e do Adolescente (ECA), além de Direitos do Consumidor. As crianças também tiveram atendimento dentário e psicológico sem custo, graças uma parceria com a Universidade do Vale do Araguaia (Univale).

“A gente concorreu com outros cinco projetos desenvolvidos no município. Cerca de mil pessoas participaram escolhendo e tivemos o voto de mais de 800 moradores”, comemorou o coordenador.

Novidades

Bruno Henrique destacou que neste ano o projeto vai oferecer muitas novidades. Todas as parcerias foram firmadas para oferecer melhor estrutura e atendimentos aos participantes, uma delas é com Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) e as aulas serão realizadas no campus do município. Além disso, serão ofertadas aulas de informática, esportes e cursos em diferentes áreas, dentre elas o de robótica.

“Acabamos de confirmar uma parceria com o mercado Atacadão, que vai fornecer lanche aos alunos durante todo ano sem custo para a unidade”, comemorou o coordenador.

Para 2023 serão mantidas 100 vagas e a rematrícula para os alunos participantes será realizada no dia 1º de março sem limites de vagas. As matrículas para novos alunos poderão ser feitas no dia 10 de março. Além disso, serão disponibilizadas duas vagas para o público idoso, indígena e especial.

Outra novidade para este ano é que será ofertado um curso para formação de líderes aos alunos do ano passado que forem rematriculados, que poderão se tornar monitores dos novos alunos e dar suporte ao serviço dos voluntários dos policiais penais. 

Fonte: GOV MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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