A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) informou nesta segunda-feira (16) que “pessoas que se autodenominam” membros do grupo fundamentalista islâmico Hamas “apreenderam gasolina e equipamentos médicos” da sua base na Cidade de Gaza.
“Nosso pessoal foi forçado a evacuar a sede na Cidade de Gaza com apenas algumas horas de antecedência durante a noite de sexta-feira, 13 de outubro”, diz texto da UNRWA nas redes sociais.
Desde então, a agência da ONU explica que não teve acesso ao complexo e não teve mais detalhes sobre a remoção dos bens.
“O combustível e outros materiais da UNRWA são armazenados para fins estritamente humanitários e qualquer outro uso é fortemente condenado”, acrescenta.
Em nota, a agência afirmou ainda que “continua a defender que o direito humanitário internacional e a proteção dos civis sejam respeitados”, além de manter esforços para o acesso humanitário e a suprimentos críticos já posicionados para atravessar Gaza através de Rafah, incluindo alimentos, água, suprimentos médicos, combustível e produtos não alimentares.
O chefe da agência, Philippe Lazzarini, informou que 14 funcionários da UNRWA foram mortos em decorrência dos ataques de Israel contra Gaza, apesar de o número provavelmente ser maior. “O mundo perdeu a sua humanidade”, enfatizou.
Segundo comunicado, “não há sacos suficientes para os mortos em Gaza”, que permaneceu sem eletricidade, à beira do colapso e com a insegurança alimentar agravada”.
A UNRWA reitera que mais de um milhão de pessoas, quase metade da população total de Gaza, foram deslocadas. Entre aqueles que foram forçados a abandonar as suas casas, “600 mil estão na zona central, em Khan Yunis e Rafah”, e destes “quase 400 mil estão em instalações da agência”.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.