Um relatório divulgado nesta seugnda-feira (20) pelo Unicef aponta que cerca de 190 milhões de crianças e adolescentes de dez países africanos estão em risco devido a crises relacionadas à água.
De acordo com o Fundo da ONU para Infância, esses jovens sofrem uma “tripla ameaça” no que diz respeito a questões de água: doenças, alterações climáticas e condições de higiene e saneamento.
Essa tripla ameaça foi constatada em Benim, Burkina Faso, Camarões, Chade, Costa do Marfim, Guiné, Mali, Níger, Nigéria e Somália. Alguns dos países citados na análise enfrentam crises causadas por conflitos armados, o que dificulta ainda mais o aceso à água potável.
Recortes do estudo destacam ainda que, nos dez países em questão, cerca de um terço das crianças e adolescentes não têm acesso a pelo menos água básica em casa, e dois terços não têm serviços básicos de saneamento.
Esses fatores têm como consequência, por exemplo, o fato de que seis destes dez países enfrentaram surtos de cólera no ano passado.
“A África está enfrentando uma catástrofe hídrica. Enquanto os choques climáticos e relacionados à água estão aumentando globalmente, em nenhum outro lugar do mundo os riscos aumentam tão severamente para as crianças e os adolescentes”, disse Sanjay Wijesekera, diretor de Programas do Unicef.
Sanjay pontuou ainda que eventos climáticos como tempestades, inundações e secas já estão causando destruição no continente e que, sem ações urgentes, “o futuro pode ser muito mais sombrio”.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.