Na Coreia do Norte, adolescentes estão sendo condenados por assistirem séries da TV sul-coreanas, conhecidas como K-dramas. O entretenimento da Coreia do Sul é proibido no país. Os jovens são submetidos a trabalhos árduos como punição.
Em imagens obtidas pela BBC Korean, os adolescentes estão algemados em frente a centenas de estudantes em um pátio ao ar livre. As fotos mostram também oficiais fardados advertindo os garotos por não “refletirem profundamente sobre seus erros”.
Imagens como essas não são comuns, já que a Coreia do Norte proíbe que qualquer tipo de mídia vaze do país para o exterior.
Especula-se que a gravação teria sido distribuído na região norte-coreana para educação ideológica e servir de alerta aos demais cidadãos para não assistirem a “vídeos decadentes”.
No vídeo, há um narrador comunicando a propaganda estatal. “A cultura do regime de marionetes decadente se espalhou até mesmo para os adolescentes”, diz a voz. “Eles têm apenas 16 anos, mas arruinaram o próprio futuro”, completa.
De acordo com a CEO da Sand (Instituto de Desenvolvimento Sul e Norte), empresa que enviou o vídeo à BBC, Choi Kyong-hui, Pyongyang vê K-dramas e K-pop como uma ameaça.
“A admiração pela sociedade sul-coreana pode levar rapidamente ao enfraquecimento do sistema… Isso vai contra a ideologia monolítica que faz os norte-coreanos reverenciarem a família Kim”, disse ela.
Os norte-coreanos iniciaram o contato com o entretenimento da Coreia do Sul nos anos 2000, durante a “política de sol” do Sul, que ajudava o Norte na área econômica e humanitária.
Seul encerrou o auxílio dez anos depois, alegando que a ajuda não chegava aos norte-coreanos necessitados e que não gerou uma “mudança positiva” no comportamento de Pyongyang.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.