A situação de animais abandonados no Brasil preocupa, conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) de 2022, cerca de 30 milhões de animais estão vivendo nas ruas, com 20 milhões de cães e 10 milhões de gatos. No Distrito Federal, a Confederação Brasileira de Proteção Animal registrou, em 2021, cerca de 700 mil animais sem lar. Essa realidade tem motivado abrigos e organizações não governamentais a promover a adoção responsável como uma solução.
Em Brasília, diversos abrigos e projetos trabalham para oferecer uma nova chance a esses animais. O Abrigo Flora e Fauna, localizado no Gama, é um exemplo. Atualmente, o abrigo cuida de quase mil animais, incluindo cães e gatos resgatados das ruas ou de situações de risco. “Além dos animais que abrigamos, também ajudamos a comunidade com castrações, doação de alimentos e participando de feirinhas de adoção”, explica Wellington Fabiano Anjo, um dos responsáveis pelo abrigo.
A importância da adoção responsável é um dos pilares do Abrigo Flora e Fauna. Wellington detalha os critérios adotados para garantir que os animais encontrem um lar adequado. “Realizamos um questionário com os candidatos à adoção para verificar se realmente estão aptos a adotar. Após isso, assinam um termo de responsabilidade e acompanhamos o animal por um período. Todos os adultos saem castrados e os filhotes são castrados na idade apropriada.”
O abrigo se mantém exclusivamente por meio de doações, seja em dinheiro ou materiais como ração, produtos de limpeza e remédios. “Não recebemos recursos do governo ou de grandes empresas. Nossa operação depende completamente da generosidade das pessoas”, ressalta Wellington. Além de doações, o abrigo promove mutirões de banho e visitas aos domingos, permitindo que voluntários interajam com os animais, proporcionando-lhes carinho e atenção.
Outras iniciativas no DF
Além do Abrigo Flora e Fauna, outras organizações também se dedicam à causa animal no DF. O projeto Doação de Animais Brasília , atua como um intermediário entre doadores e adotantes. “Nosso projeto serve como uma ponte. Oferecemos suporte aos doadores, como modelos de questionário e termo de adoção”, explicam os responsáveis.
A Toca Segura, outra instituição dedicada à proteção animal, tem como objetivo retirar animais das ruas, castrá-los, cuidar de sua saúde e prepará-los para adoção. As visitas ao abrigo são agendadas por e-mail, eles não divulgam o endereço para evitar abandonos no local.
O Clubinho da Penélope, criado em 2017, não é um abrigo tradicional, mas um lar temporário que divulga animais para adoção. O projeto aceita doações e voluntários dispostos a acolher os animais temporariamente até que sejam adotados definitivamente.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.