O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira (4) que ainda tem esperanças de concluir o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, apesar dos recentes posicionamentos contrários de Argentina e França. “Sou brasileiro e não desisto nunca”, disse ele.
“Eu só posso dizer para você que não vai ter assinatura na hora que eu tiver o não. Enquanto eu puder acreditar que é possível fazer esse acordo, eu vou lutar para fazer”, declarou o petista durante coletiva de imprensa ao lado do chanceler da Alemanha, Olaf Scholz.
“Depois de 23 anos, se a gente não concluir, é porque estamos sendo irrazoáveis com as necessidades que temos de avançar nos acordos políticos, sociais e econômicos”, acrescentou.
“Sou brasileiro e não desisto nunca e não vou desistir enquanto não conversar com todos os presidentes e ouvir o não de todos. Aí vamos partir para outra”, reforçou Lula.
O líder progressista ainda destacou que “nenhum presidente da França”, e não apenas Macron, se propôs a “fazer acordo com o Mercosul porque eles têm problemas políticos e financeiros com os produtores” agrícolas locais.
Além disso, cobrou que a UE “decida se tem ou não interesse na conclusão de um acordo equilibrado”. No entanto, ressaltou que “as pessoas não são obrigadas a fazer aquilo que você quer”.
O Mercosul critica um documento adicional sobre meio ambiente apresentado por Bruxelas e o artigo que permite a participação de empresas europeias em licitações governamentais no bloco sul-americano e vice-versa.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.