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Agronegócio

Acordo de cooperação vai impulsionar sustentabilidade no agronegócio

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A Embrapa, o Centro de Carbono da Universidade de São Paulo (CCARBON/USP) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV) firmam na manhã desta quinta-feira (24.10) um acordo de cooperação para melhorar a quantificação dos impactos das ações de adaptação e mitigação na agricultura.

A parceria tem como foco o desenvolvimento de estratégias e métricas para a sustentabilidade e adaptação dos sistemas produtivos agropecuários brasileiros às mudanças climáticas. Além disso, a cooperação busca desenvolver métricas de balanço de carbono e rastreabilidade de emissões para aprimorar as políticas públicas relacionadas ao tema, incluindo o Inventário Nacional de Gases, coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). A parceria também visa contribuir estrategicamente para a criação de uma taxonomia nacional de sustentabilidade, liderada pelo Ministério da Fazenda.

O evento, chamado “Lançamento da Aliança Técnico-Científica em Estratégias para Adaptação e Mitigação à Mudança do Clima na Agricultura”, marca o início de um diálogo entre as três instituições para integrar conhecimentos e recursos no combate à mudança climática no Brasil.

A presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, destacou a importância de criar métricas robustas para avaliar o impacto das mudanças climáticas na agricultura e as emissões de gases de efeito estufa. Ela afirmou que a cooperação permitirá desenvolver métodos adaptados às condições específicas dos sistemas produtivos brasileiros e formular políticas públicas eficazes.

Entre os benefícios esperados estão impactos econômicos e ambientais positivos, como o aumento da competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional e a conservação ambiental. O acordo também tem o potencial de ampliar a geração de resultados de pesquisa sobre o tema.

Giampaolo Pellegrino, pesquisador da Embrapa Agricultura Digital, ressaltou que a agricultura é altamente dependente do clima e, portanto, vulnerável às mudanças climáticas. Ele destacou a importância de desenvolver métricas para monitorar a vulnerabilidade e adaptação dos sistemas agrícolas brasileiros, o que contribuirá para o aprimoramento de políticas públicas de sustentabilidade, como o Zoneamento Agrícola de Risco Climático.

EFEITOS – O acordo de cooperação entre a Embrapa, o CCARBON/USP e a FGV traz diversos benefícios para o agronegócio brasileiro:

  • Aumento da competitividade: A promoção da sustentabilidade e o controle de emissões ajudam a aumentar a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional.
  • Conservação ambiental: As práticas agropecuárias mais sustentáveis contribuem para a conservação ambiental, o que é cada vez mais valorizado pelos consumidores e governos.
  • Melhoria das políticas públicas: O desenvolvimento de métricas de balanço de carbono e rastreabilidade de emissões pode aprimorar as políticas públicas relacionadas ao agronegócio, tornando-as mais eficazes e adaptadas às condições climáticas.
  • Inovação e pesquisa: A cooperação entre as três instituições pode ampliar a geração de resultados de pesquisa, promovendo inovações tecnológicas e práticas mais eficientes no setor.
  • Redução de riscos climáticos: O desenvolvimento de estratégias de adaptação e mitigação à mudança climática ajuda a reduzir os riscos associados às variações climáticas, garantindo maior estabilidade e previsibilidade para os produtores rurais.

Esses efeitos combinados podem fortalecer o setor agropecuário brasileiro, tornando-o mais resiliente e sustentável a longo prazo, segundo explicações de especialistas.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Cooperativismo agrícola ganha destaque como motor de desenvolvimento sustentável e social

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O cooperativismo no Brasil e no mundo exerce um papel cada vez mais relevante, especialmente no contexto agrícola. De acordo com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), o país conta com mais de 4.500 cooperativas, das quais 71,2% são voltadas à agricultura familiar, um setor essencial para a produção de alimentos.

No âmbito global, existem mais de três milhões de cooperativas com cerca de um bilhão de membros, representando 12% da população mundial. Esse movimento tem sido destacado como um fator chave para o desenvolvimento social e econômico, especialmente em eventos de grande relevância, como a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), que termina amanhã (22.11) em Baku, Azerbaijão.

De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro, existiam em 2023, um total de 4.693 cooperativas no Brasil:

1185 do Setor Agropecuário
235 do Setor de Consumo
728 do Setor de Crédito
284 do Setor de Infraestrutura
720 do Setor de Saúde
655 do Setor de Trabalho, Produção de Bens e Serviços
886 do Setor de Transporte

As cooperativas Agropecuárias possuem mais de 1 milhão de cooperados e representam uma força significativa na produção e comercialização de alimentos e matérias-primas.

O cooperativismo no setor agrícola vai além da produção de alimentos e da geração de lucro. Ele se transforma em uma ferramenta poderosa de desenvolvimento sustentável, proporcionando vantagens econômicas tanto para o agricultor quanto para o meio ambiente.

As 10 maiores e quanto faturaram segundo dados da Forbes Agro100 2023:

  • COAMO – R$ 26,07 bilhões
  • C. VALE – R$ 22,44 bilhões
  • LAR COOPERATIVA – R$ 21,07 bilhões
  • COMIGO – R$ 15,32 bilhões
  • COCAMAR – R$ 10,32 bilhões
  • COOXUPÉ – R$ 10,11 bilhões
  • COPERCITRUS – R$ 9,03 bilhões
  • COOPERALFA – R$ 8,41 bilhões
  • INTEGRADA COOPERATIVAS – R$ 8,32 bilhões
  • FRÍSIA Agroindustrial – R$ 7,06 bilhões

Matheus Kfouri Marinho, presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, destacou em seu discurso na COP29 que a adoção de práticas sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta e o uso de tecnologias de precisão, gera economia para os produtores e, ao mesmo tempo, reduz o impacto ambiental. Essa visão inovadora evidencia o potencial do cooperativismo como um catalisador de práticas agrícolas mais responsáveis.

A importância do cooperativismo no Brasil é ainda mais evidente, considerando que ele representa mais de um milhão de produtores rurais. Como explicou Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, as cooperativas têm uma presença vital no cotidiano dos brasileiros, sendo responsáveis por metade dos alimentos consumidos no país, desde o café até a carne.

Além disso, as cooperativas facilitam a comunicação direta com o produtor rural, permitindo discussões sobre sustentabilidade e práticas agrícolas mais eficazes. Exemplos como o da Cooxupé, que oferece educação ambiental e muda para a preservação do meio ambiente, e o projeto Gerações, que busca promover melhorias nas propriedades rurais, reforçam o papel fundamental das cooperativas no desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável e socialmente responsável.

Fonte: Pensar Agro

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