As Forças Armadas de Israel divulgaram um balanço da operação militar no Hospital al-Shifa, o maior da região de Gaza, que chega ao 4º dia nesta quinta-feira (21). Segundo o levantamento, a ofensiva já deixou mais de 140 mortos, os quais os militares isralenses alegam ser membros do Hamas e a Jihad Islâmica. 50 alvos foram eliminados nas últimas 24 horas.
“Desde o início da operação, mais de 140 terroristas foram eliminados na área do hospital”, diz um comunicado. Em uma publicação no X, antigo Twitter, as FDI disseram que “infraestrutura terrorista” e “depósito de armas” foram localizados durante a operação no hospital.
Em pronunciamento em vídeo divulgado na terça (19), o contra-almirante Daniel Hagari, principal porta-voz do Exército, reafirmou que homens do Hamas e da Jihad Islâmica estavam escondidos no local.
Ainda de acordo com Hagari, as FDI prenderam mais de 250 pessoas identificadas como terroristas e estão investigando outras 350. O porta-voz diz que Israel fornece água, alimentos e geradores para auxiliar o funcionamento do hospital.
Israel justificou a operação no Hospital al-Shifa, iniciada na madrugada de domingo para segunda-feira, argumentando que o grupo terrorista Hamas, incluindo lideranças, estariam reagrupados e escondidos na região. As Brigadas al-Qassam, braço militar do Hamas, afirmaram que havia membros “envolvidos em fortes confrontos com forças inimigas” perto do hospital, horas após o início da operação.
Hamas nega e diz que há pacientes e refugiados entre vítimas
O Hamas, por sua vez, nega que o local abrigue militantes do grupo, e afirma que os mortos na operação desta semana eram pacientes feridos e palestinos deslocados que viviam ao redor do complexo hospitalar.
No X, moradores da região divulgaram vídeos dos ataques.
🚨BREAKING: AL SHIFA MEDICAL COMPLEX.
At least 140 Palestinians were executed
The building that the Israeli occupation blew up this morning in Al-Shifa Medical Complex is the nerve center of the health sector in Gaza City and its north.
A ação militar no Hospital al-Shifa tem sido alvo de críticas e preocupação, uma vez que se trata da maior unidade de saúde de Gaza, que também servia de abrigo a milhares de civis, alocados em barracas improvisadas.
Segundo a lei internacional, “ataques intencionais diretos” contra hospitais podem ser enquadrados como crimes de guerra. Entretanto, as autoridades israelenses justificam a operação pelo fato do local ser utilizado, segundo elas, como centro de atividades terroristas. Ontem, em um balanço anterior, as forças israelenses afirmaram que operaram “prevenindo danos aos pacientes, equipe e equipamentos” do hospital.
Apesar das alegações, há relatos de funcionários do hospital e de repórteres que estavam na unidade de que houve excessos ao longo da operação .
Nesta quinta-feira (21), o Ministério da Saúde do Hamas divulgou que 31.988 pessoas morreram e 74.188 pessoas ficaram feridas no território desde 7 de outubro. O balanço inclui ao menos 65 mortes nas últimas 24 horas, segundo o comunicado do ministério.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.