Cerca de 1,7 mil pessoas foram abordadas no Terminal Rodoviário de Cuiabá, entre os dias 18 e 19 de dezembro, recebendo orientações de educação e normas de trânsito durante a ação integrada do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT), por meio da Coordenadoria de Ações Educativas e da Coordenadoria de Fiscalização de Trânsito.
A ação faz parte do Programa Rodovida, de âmbito nacional e coordenado pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), que foi lançado na quinta-feira (19.12) em Mato Grosso. O objetivo do programa é promover ações integradas entre os órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito (SNT) com foco na segurança viária, intensificando as ações de educação para o trânsito e fiscalização, com operações integradas e simultâneas.
Segundo a coordenadora de Ações Educativas de Trânsito do Detran-MT, Gresiella Almeida, a ação na rodoviária de Cuiabá tem como objetivo orientar os passageiros quanto ao uso do cinto de segurança por passageiros durante viagens de ônibus.
“Embora seja um equipamento simples, o cinto pode salvar vidas e evitar ferimentos graves em situações de emergência, como colisões ou frenagens bruscas”, destacou Gresiella, reforçando que o uso do cinto de segurança é obrigatório em todas as poltronas do ônibus, seja nas primeiras fileiras ou no fundo do veículo.
“Muitos passageiros subestimam a importância do cinto nas viagens de ônibus, acreditando que, por estarem em um veículo de grande porte, estão completamente seguros. No entanto, em caso de acidente, os ocupantes que não utilizam o cinto podem ser arremessados de suas poltronas, colocando em risco tanto a própria segurança quanto a dos outros passageiros. O uso do cinto é um ato de responsabilidade individual e coletiva”, ressaltou.
As abordagens a passageiros no Terminal Rodoviário de Cuiabá seguem nesta sexta-feira (20.12), no período noturno. A diretora de Fiscalização e Educação para o Trânsito do Detran-MT, Adriana Carnevale, reforçou a importância do Programa Rodovida e da intensificação das ações educativas e de fiscalização em prol de um trânsito mais seguro.
“O programa Rodovida de 2024 traz o mote – Desacelere. Seu bem maior é a vida-, chamando a atenção dos condutores para os riscos do excesso de velocidade nas vias, normas de trânsito bem como para o uso dos dispositivos obrigatórios dentro do veículo, como o cinto de segurança. Vamos intensificar as ações de educação e fiscalização, pelo Detran, com diversas ações e operações integradas com outras forças de segurança, nas rodovias e também no meio urbano”, disse a diretora.
Ainda, conforme Adriana, o programa Rodovida contribui diretamente para alcançar as metas propostas pelo Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans), do qual o Estado de Mato Grosso é signatário.
Programa Rodovida
O programa busca intensificar a fiscalização nas rodovias federais de todo o país e reduzir os acidentes de trânsito no Brasil no período de final de ano, férias e Carnaval.
Criado em 2011 pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Polícia Rodoviária Federal, a Operação Rodovida foi transformada em programa nacional para englobar o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans), devendo ser aplicado por todos os órgãos integrantes do Sistema Nacional de Trânsito (SNT).
As ações do Rodovida vão até após o feriado do carnaval, atendendo a deliberação nº 247, de 14 de dezembro de 2021, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).
O Comitê Estadual de Gestão de Fogo realizou, nesta quinta-feira (19.12) e sexta-feira (20.12), uma série de palestras, mesa redonda e debates com objetivo de promover análises sobre a temporada de incêndios florestais em 2024 e discutir perspectivas para 2025. O evento teve a participação de especialistas de órgãos que compõem o Comitê do Fogo e Instituições convidadas.
“Já se esperava que o ano de 2024 seria um ano atípico. A seca estava muito avançada e isso fez com que o Estado tivesse recorde de focos de calor, porém não tivemos um número de incêndios tão alto. Hoje, o Governo de Mato Grosso é um modelo de execução de política pública no combate aos incêndios. Nossa plataforma de monitoramento é exemplo, porém as condições climáticas têm nos mostrado que temos que nos preparar cada vez melhor”, destacou o presidente do Comitê Estadual de Gestão do Fogo e secretário Executivo de Estado de Meio Ambiente, Alex Marega.
Uma das ações do Estado para aumentar a coordenação no combate ao fogo foram as reuniões semanais na Sala de Situação, localizada no Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (CBMMT), para fortalecimento do monitoramento, prevenção, preparação e resposta aos incêndios florestais. Participaram das reuniões órgãos do Governo Federal, Estadual e municipais, além do setor privado.
“A integração dos órgãos é muito importante para o sucesso das ações. A abertura das estradas e equipamentos pesados que a Sinfra disponibilizou para que os bombeiros pudessem chegar até os incêndios foi fundamental. Para o ano que vem, é preciso trabalhar a questão dos investimentos. Este ano tivemos um ano mais seco que 2020, mas com bem menos incêndios pelo preparo que foi feito. Estamos todos falando a mesma linguagem e temos que continuar assim”, avaliou o presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Carlos Avallone.
O secretário Executivo do Comitê Estadual de Gestão do Fogo e mediador do evento, coronel do Corpo de Bombeiros, Dércio Santos da Silva, destacou as vantagens da reunião das entidades como fortalecimento das parcerias, compartilhamento de experiência e desenvolvimento de políticas públicas baseadas em evidências de boas práticas.
“Foram dois dias intensos de avaliações, reflexões, aprendizados e perspectivas. Na avaliação das ações, praticamos a identificação e mitigação de vulnerabilidade, as melhorias e inovações para prevenção e combate a incêndios nas áreas de gestão e tecnologia, otimização de recursos humanos e materiais, envolvimento de lideranças locais e preservação de ecossistemas”, apontou.
A analista ambiental da Coordenadoria de Fauna e Recursos Pesqueiros da Sema, Danny Moraes, apresentou a Palestra “Fauna Silvestre Desafios e Perspectivas” e mostrou os empreendimentos para receber animais vítimas das queimadas.
“Nosso objetivo é que, com os cuidados e reabilitação de animais silvestres vítimas de queimadas, eles possam voltar a natureza. A alimentação, por exemplo, é muito importante, com atenção para alimentos que ele possa encontrar no seu habitat natural em vida livre, assim como as capacitações contínuas e a diminuição do tempo resposta que conseguimos com os voluntários e veterinários contratados”, apontou.
Participaram também das palestras e mesas redondas, o Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil, a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), militares do Corpo de Bombeirs de Mato Grosso do Sul, representantes do Instituto SOS Pantanal e pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).