Connect with us

MATO GROSSO

Acadêmicos do curso de Direito avaliam positivamente visita ao MPMT

Publicado

em

Acadêmicos do curso de Direito da Uniasselvi Cuiabá participantes da primeira edição do projeto “Ministério Público sem mistério” consideraram muito positiva a visita à sede das Promotorias de Justiça de Cuiabá, na quarta-feira (10). Com as portas da instituição abertas, eles puderam ampliar o universo de possibilidades de atuação na área e, especificamente, conhecer um pouco mais sobre a carreira na instituição ministerial. 

“Achei fantástico o evento, incrível, proveitoso e extremamente esclarecedor. A forma como os promotores falaram sobre o Ministério Público é realmente apaixonante. Posso dizer que foi um divisor de águas, que a visita muda completamente a concepção que tínhamos sobre o Ministério Público”, avaliou Daniela Sanches. A mesma impressão foi compartilhada por outra estudante. “Alterou de forma positiva o ponto de vista de muitos. Foi tudo perfeitamente explicado, sendo de extrema importância para a nossa evolução no curso de Direito e para nos mantermos motivados”, acrescentou Valeria Alejandra Solis Calzadilla.

Para Mayani Amancio Paiva, o que chamou a atenção foi a missão constitucional do Ministério Público abordada pelos palestrantes na defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. “Agradeço a cada um dos que nos receberam com carinho e partilharam esse aprendizado”, disse. Kelly Cristine Ribeiro do Nascimento também enfatizou o aprendizado. “Ouvi coisas que não sabia e matei muitas curiosidades. Creio que tenha sido uma oportunidade que muitos gostariam de ter”, pontuou. 

Os ensinamentos ficaram a cargo dos promotores de Justiça Antonio Sergio Cordeiro Piedade, Wesley Sanchez Lacerda, Caio Márcio Loureiro, Gileade Pereira Souza Maia e Marcelle Rodrigues da Costa e Faria, que falaram sobre a instituição Ministério Público, experiências pessoais e possibilidades de atuação. 

O promotor-corregedor Wesley Sanchez Lacerda abordou o papel da Corregedoria-Geral do MPMT (Coger) e destacou que a grande função é de orientar, principalmente aqueles membros que estão em estágio probatório. “A Corregedoria percorre o estado inteiro e tem esse mote de acompanhar, orientar e normatizar certas condutas no âmbito do Ministério Público em geral”, assinalou, pontuando que a punição disciplinar é uma micro atribuição do órgão e representa menos de 1% do trabalho executado. 

O coordenador-geral do Centro de Apoio Operacional (CAO) do MPMT, Caio Márcio Loureiro, fez um comparativo entre o Ministério Público e outras carreiras do Sistema de Justiça, como a advocacia e a Defensoria Pública. “Ao Ministério Público cabe a tutela do justo e a defesa de vítima. Ser Ministério Público significa acolher aqueles que buscam justiça, dar voz à vítima, à família pranteada e aos valores fundamentais da sociedade. Como promotor de Justiça, tenho a plena liberdade de sustentar o que é verdadeiro, o que é justo e essa missão foi o que me encantou ainda nos bancos da faculdade. Eu almejei ter essa liberdade”, disse. 

Gileade Pereira Souza Maia, que atua na Infância e Juventude, enfatizou a importância do estudo constante e ininterrupto, desde a faculdade, para uma boa carreira jurídica. Reforçou a abertura de novo edital para o programa de estágio e que essa é uma boa oportunidade para conhecer ainda mais a instituição. “Saindo da academia para a vida profissional, certamente essa vivência nas fileiras do Ministério Público será um diferencial em relação àqueles que não tiveram essa oportunidade”, ponderou.    

A promotora criminal Marcelle Rodrigues da Costa e Faria falou a respeito dos Direitos Humanos e fez os alunos refletirem sobre a escolha pelo curso de Direito. “Vocês têm que buscar a felicidade, o que vai lhes realizar. Porque todos nós aqui passamos dois terços da vida no Ministério Público. Se vocês imaginam passar esse tempo fazendo o que não gostam e defendendo causas em que não acreditam, já fracassaram. Compreendam que, se estão na faculdade de Direito, é para buscar o direito. E que o primeiro deles seja o direito à felicidade e à realização pessoal”, argumentou. 

A mensagem final foi do coordenador do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf) – Escola Institucional do MPMT, promotor de Justiça Antonio Sergio Cordeiro Piedade, idealizador da iniciativa. “Acredito que a educação é transformadora e que não há caminho para a humanidade sem o conhecimento e a ciência. Não há outra alternativa para transformarmos nossa vida, seja no plano coletivo ou individual, que não o estudo. Se dediquem muito, aproveitem o tempo. Tenham uma leitura crítica da vida, do contexto, da sociedade e tenham a compreensão de que um Ministério Público forte representa um Sistema de Justiça forte. E um Sistema de Justiça com credibilidade social é o grande alicerce, a base, o esteio do Estado Democrático de Direito”, salientou. 

Sobre o projeto – O “Ministério Público sem mistério” tem o objetivo de ampliar o convívio e aproximar o MPMT da comunidade escolar, bem como de difundir o papel constitucional da instituição. A iniciativa compõe o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) 2020-2024 do Ceaf.
 

Fonte: Ministério Público MT – MT

Continue Lendo
Clique para comentar

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado.

MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

Publicado

em

Por

A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

Continue Lendo
WhatsApp Image 2024-03-04 at 16.36.06
queiroz

Publicidade

Câmara de Vereadores de Porto Esperidião elege Mesa Diretora