Ex-governadora do Distrito Federal e figura histórica da política local, Maria de Lourdes Abadia completou 80 anos na última quarta-feira (14) e, para marcar a data, Abadia celebrou com uma missa de Ação de Graças no Santuário Dom Bosco, localizado na W3 Sul, onde reuniu familiares, amigos e diversas personalidades políticas.
A cerimônia, conduzida pelo padre Ednaldo, foi marcada por um clima de gratidão e emoção. Entre os presentes, o ex-governador José Roberto Arruda, a deputada distrital Paula Belmonte (Cidadania) , o secretário de Segurança, Sandro Avelar, e a secretária da Mulher, Giselle Ferreira, que foram prestigiar a homenagem à ex-governadora juntamente com outras pessoas próximas.
Durante a celebração, Abadia fez questão de expressar sua gratidão. “Agradeço pela presença de todos. Eu não queria passar meus 80 anos sem agradecer a Deus, a nossa senhora, e sozinha. Resolvi, então, convidar as pessoas que vivem no meu coração para ajudar a agradecer as bênçãos de Deus. [São] 80 anos, minha gente, o tempo passou e não percebi”, disse Abadia emocionada.
A ex-governadora também refletiu sobre sua trajetória, desde suas origens humildes até alcançar altos cargos na política brasiliense. “A vida é muito curta e o tempo passa. O tempo é a ferramenta mais eficaz que nos permite continuar existindo, é nosso maior aliado. Agradeço aos meus pais, que foram meus maiores exemplos de fé e amor, e à minha família, presente de Deus. Governei Brasília no colo, bem pertinho do coração. Imagine uma caminhada iniciada na lama das favelas e subir, num dia bonito, as rampas do Congresso Nacional e do Palácio do Buriti. Nem eu acreditava”, relembrou.
O padre Ednaldo, que liderou a missa, destacou as qualidades da ex-governadora em sua homilia, ressaltando sua dedicação à política e ao serviço social. “A governadora é minha amiga e nunca ouvi uma pessoa falando mal da senhora, pelo contrário: todos falam com muita gratidão. Como assistente social e política, ajudou muitas pessoas. Esse é o principal objetivo da política. Quanto mais condições a gente tem de ajudar, mais responsável a gente deve ser pelo outro”, afirmou o religioso.
Trajetória
Nascida em Bela Vista de Goiás em 14 de agosto de 1944, Abadia iniciou sua carreira profissional como assistente social, formada pela Universidade de Brasília (UnB). Sua entrada na vida pública ocorreu em 1971, quando assumiu a administração de Ceilândia a convite do então governador Elmo Serejo Farias. Ela se tornou a primeira mulher a ocupar o cargo de administradora da região, onde permaneceu por 14 anos, contribuindo significativamente para o desenvolvimento local.
Em 1986, Abadia foi eleita deputada federal, participando ativamente da elaboração da Constituição Brasileira de 1988. Sua carreira política inclui mandatos como deputada distrital e federal, além de ter sido a primeira mulher a disputar o governo do Distrito Federal em 1994.
Em 2006, Abadia fez história ao se tornar a primeira mulher a assumir o Palácio do Buriti, após a desincompatibilização de Joaquim Roriz, de quem era vice-governadora. Apesar de enfrentar derrotas eleitorais nas eleições seguintes, ela permaneceu uma figura influente na política local.
Abadia encerrou sua vida política em 2022, após nova tentativa frustrada de eleição como deputada distrital. Em uma entrevista recente ao GPS|Brasília , ela afirmou que não pretende mais concorrer a cargos eletivos, refletindo sobre as derrotas que enfrentou ao longo da carreira. “
Os piores momentos foram quando eu não fui eleita. É muito ruim perder. Doeu. Mas acho que a população achou alguém melhor que eu“, concluiu.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.