O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta terça-feira (5) a criação da zona de defesa integral da Guiana Essequiba, região que é alvo de disputa, e determinou um general como autoridade do local. Nesta quarta-feira (6), os deputados venezuelados devem deliberar sobre a proposta.
“Esta sede da Zona de Defesa Integral da Guiana Essequiba ficará em Tumeremo e designo provisoriamente o Major General Alexis José Rodríguez Cabello como autoridade única na Guiana Essequiba”, disse Maduro.
O anúncio vem após a realização de um plebiscito no final de semana, no qual os eleitores apoiaram a criação de um novo Estado no território, indo contra a determinação da Corte Internacional de Justiça (CIJ). Essequibo, que equivale a dois terços do território da Guiana, se tornou uma região de interesse pela riqueza em petróleo.
Diante desse cenário, o presidente venezuelano ordenou a alteração do mapa da Venezuela com o território da Guiana Essequiba anexado para ser divulgado em escolas e universidades do país.
Na terça (5), Maduro já havia anunciado que autorizará a exploração de petróleo na área e que relataria a decisão às Nações Unidas e à CIJ.
Na manhã desta quarta (6), Maduro comemorou a votação popular:
¡La palabra del Pueblo es mandato popular! Haremos cumplir la decisión que tomaron las venezolanas y los venezolanos en el referendo consultivo para garantizar el desarrollo y bienestar de nuestra Guayana Esequiba. ¡Venezuela ha alzado su voz!
“A palavra do Povo é um mandato popular! Faremos cumprir a decisão tomada pelos venezuelanos no referendo consultivo para garantir o desenvolvimento e o bem-estar da nossa Guiana Essequiba. A Venezuela levantou a voz!”, afirmou em publicação no X (antigo Twitter).
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.