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“A misoginia dá lucro”, denuncia Ministério das Mulheres em audiência no STF

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A assessora especial do Ministério das Mulheres (MMulheres), advogada Ísis Menezes Táboas, defendeu a necessidade de garantir mecanismos de enfrentamento à violência contra as mulheres nas plataformas digitais. Ela representou a pasta na audiência pública convocada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira (28/3), para debater o Marco Civil da Internet (MCI). Para Táboas, o enfrentamento à misoginia deve ser central nos debates sobre as regras do MCI que legislam sobre a responsabilidade de provedores de aplicativos — ou de ferramentas de internet — pelo conteúdo gerado por usuários, bem como sobre a possibilidade de remoção de conteúdos que possam ofender direitos, incitar o ódio ou difundir notícias fraudulentas.

Em seu discurso, Táboas destacou que a pasta vem acompanhando com extrema preocupação a discussão sobre a chamada “machosfera”, onde “a misoginia reina” em discursos de ódio propagados por “influenciadores de masculinidade”. Além de trechos de falas misóginas, a assessora do MMulheres apresentou exemplos de mensagens que circularam livremente por tempo considerável, de forma anônima, até que fossem removidas pelas plataformas. “Esses conteúdos são graves violações aos direitos humanos e políticos das mulheres, e, embora pertencentes ao meio virtual, repercutem sobremaneira na vida concreta, material, politica, profissional e pessoal de incontáveis mulheres”, ressaltou.

Além de denunciar a omissão das redes sociais digitais — diante de violações sistemáticas aos direitos humanos e políticos das mulheres — Táboas denunciou que as plataformas que hospedam contas ou canais de organizações misóginas lucram com essa prática. Em sua fala, apontou um estudo realizado pela agência de checagem Aos Fatos, que analisou 80 canais do tipo no YouTube: “35 são monetizados pela própria plataforma e outros 36 utilizam diferentes estratégias, como vendas de cursos e de e-books para lucrar. Ou seja, a misoginia dá lucro”, denunciou.

leia mais na notícia publicada pelo Ministério das Mulheres.

mais informações: imprensa@mulheres.gov.br / (61) 2027.3629; 3676

Fonte: Brasil Geral

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BRASIL

Pedro Paulo quer políticas para advogados com deficiência

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Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.

A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.

“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.

A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.

“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.

A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.

 

Fonte: ELEIÇÕES OAB MT

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