Há quem diga que o indivíduo nasce com um dom. Outros afirmam que o talento pode ser desenvolvido ao longo da vida. Não há uma máxima que comprove qual das duas assertivas está correta, mas temos exemplos que mostram pessoas com fortes aptidões desde a infância . Este é o caso de Bernardo Felinto .
Aos 15 anos, no pico da juventude, o brasiliense descobriu que queria ser ator. “Eu ouvi uma propaganda no rádio de um curso chamado Mergulho Teatral, no Teatro dos Bancários, e eu morava na 315 Sul. Achei curioso, fui lá para a primeira aula e, desde então, por mais que pareça clichê, soube que era isso que eu queria fazer”, relembra Bernardo.
Anos depois, o Teatro dos Bancários virou sua casa. Lá, o artista criou o grupo de comédia chamado De Quatro é Melhor, com apresentações que duraram quase uma década. Em seguida, embarcou rumo à New York Film Academy, fase definida por Bernardo como uma das mais importantes de sua vida.
Ao retornar ao Brasil, participou de mais de 30 peças, tanto na capital quanto em outras cidades do País. Além de temporadas nacionais com a Cia. de Comédia Os Melhores do Mundo, Bernardo escreveu do zero alguns espetáculos, a exemplo de Não Durma de Conchinha e Tudo Sobre Nossa Vida Sexual.
Seguido pelo teatro, o cinema entrou definitivamente para a realidade do brasiliense. Em junho de 2024, o artista viu um dos projetos mais importantes de sua carreira nas telonas. Em Letícia, Bernardo foi protagonista, ao lado de Sophia Abrahão. Na trama, ele viveu Gustavo, um solteiro convicto que vê sua vida mudar ao conhecer a intrigante Letícia.
Como um movimento natural de sua carreira, fez várias participações em novelas da Rede Globo e criou, em Brasília, há 16 anos, o Curso de Teatro Bernardo Felinto.
As diferenças da atuação no teatro e no audiovisual
“Linguagens completamente diferentes” . Essa foi a resposta de Bernardo para o questionamento sobre as grandes diferenças da maneira de se atuar no teatro e no cinema.
“Eu costumo falar para os meus alunos que uma boa atuação é boa em qualquer lugar, mas, certamente, o teatro exige um nível enérgico um pouco maior do que o audiovisual, já que esta é uma interpretação mais realista”, explica.
Mas e quanto à preparação? Segundo o artista, também há diferenciações. No teatro e no cinema, há um tempo para a composição de um personagem. “Geralmente, em uma peça, por exemplo, a gente ensaia três, quatro, cinco, seis meses antes da estreia. Já em novelas, raramente existe esse tempo e, quando se tem, é muito curto”, conta.
A metamorfose das produções
Há vinte anos, o cenário era outro, e o brasiliense testemunhou essa metamorfose. Entre as maiores mudanças, Bernardo conta que, atualmente, a escolha de um elenco é mais democrática.
“Acredito que isso tenha acontecido porque, quando eu comecei, não havia as plataformas digitais onde atores de todo o País podem aparecer”, reflete.
Ao considerar as diferenças na área entre gerações, Bernardo também ressalta o fato de que o mercado está mais inflado, principalmente com os influenciadores ganhando cada vez mais espaço nesse universo.
“Eu acho que tem seus prós e contras. Apesar de estar mais democrático, acredito que não atores, de alguma forma, estão ocupando o lugar de atores exatamente pela popularização da internet, de vídeos, da quantidade de seguidores”, diz.
A era dos streamings
O streaming está dominando o audiovisual. Como consequência da visibilidade e do crescente consumo por essas plataformas, os jovens atores estão buscando com mais intensidade por esses canais.
“Naturalmente, acompanhando esse movimento, as grandes emissoras de TV aberta e fechada estão produzindo mais séries, produtos mais curtos, que é o que está prevalecendo no mercado”, comenta Bernardo.
Contudo, as novelas, principalmente da Globo, que têm um padrão altíssimo de qualidade, continuam muito fortes, afinal, elas fazem parte da cultura brasileira. Uma das razões de essas produções não ficarem para trás é o fato de se adaptarem aos moldes mais apreciados pelo telespectador.
Assim como todo artista, Bernardo ainda quer mais desafios na carreira. Sobre o futuro, o brasiliense compartilhou com o GPS|Brasília alguns de seus projetos para 2024 e 2025.
“Quero voltar com a minha peça Tudo Nossa Vida Sexual e, de repente, fazer uma temporada no Rio e em São Paulo. Tenho o planejamento de um outro espetáculo de drama para estrear no Rio de Janeiro, em 2025. Estou em conversas também para fazer um novo longa com um diretor que é muito parceiro meu, que é o Kleber Macedo”, compartilha.
Ainda, para quem acompanha o canal do Bernardo no YouTube, o Só Um Minuto, a novidade é animadora: o brasiliense considera voltar com os vídeos.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.