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MUNDO

Justiça alemã: partido extremista tem objetivos contra a democracia

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Um tribunal alemão decidiu nesta segunda-feira (13) que os serviços de segurança interna do país podem continuar tratando o partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) como uma legenda potencialmente extremista, o que significa que eles podem seguir mantendo o partido sob vigilância.

O Escritório Federal para a Proteção da Constituição, encarregado de proteger a ordem democrática da Alemanha contra ameaças extremistas, tem classificado o AfD como potencialmente extremista desde 2021.

Os juízes do tribunal administrativo superior em Muenster confirmaram a conclusão de um tribunal inferior em 2022 de que a designação é proporcional e não viola a Constituição ou o direito civil europeu ou nacional.

“O tribunal considera que há provas suficientes de que a AfD persegue objetivos que vão contra a dignidade humana de certos grupos e contra a democracia”, escreveram os juízes.

“Há motivos para suspeitar que pelo menos parte do partido deseja conceder status de segundo escalão aos cidadãos alemães com histórico de imigração.”

O partido, que lidera as pesquisas de opinião em vários estados do Leste que realizam eleições locais neste ano, tem enfrentado recentemente um escrutínio mais severo em relação a comentários racistas feitos por seus membros, além de alegações de que abriga espiões e agentes russos e chineses.

Poucos especialistas esperavam que a contestação da AfD à decisão do tribunal de primeira instância fosse bem-sucedida. O partido não apresentou nenhuma prova nova e, em vez disso, ocupou horas do tempo do tribunal com longas petições exigindo que autoridades do governo fossem convocados como testemunhas.

Isso levou alguns especialistas a sugerir que a contestação judicial era tanto parte de uma estratégia de comunicação e de um plano para destruir as instituições do Estado quanto uma estratégia legal.

“Essa decisão mostra que nossa democracia pode se defender”, disse a ministra do Interior, Nancy Faeser, em um comunicado. “Ela tem ferramentas que a protegem de ameaças internas.”

Resposta

Em uma declaração, a AfD disse, sem dar detalhes, que o tribunal havia ecoado algumas de suas críticas e acrescentou que iria recorrer. A decisão desta segunda-feira resolve os fatos do caso: um recurso só poderia envolver o questionamento da forma como os tribunais inferiores aplicaram a lei.

A designação de potencialmente extremista significa que os serviços de segurança podem grampear o partido e recrutar informantes dentro dele.

Fonte: EBC Internacional

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MUNDO

Putin confirma encontro com Xi Jinping na Rússia em outubro

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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho
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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho


O presidente da Rússia, Vladimir Putin,  confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.

O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.

De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.

Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.

“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.

O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.

A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.

Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.

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Fonte: Internacional

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