A Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) aprovou nesta sexta-feira (10), por ampla maioria, uma resolução que reconhece que a Palestina está qualificada para se tornar membro pleno da entidade.
O texto, que recebeu 143 votos a favor e nove contrários, além de 25 abstenções, recomenda que o Conselho de Segurança “reconsidere favoravelmente a questão”.
A aprovação do órgão mais importante da ONU é condição necessária para a Palestina se tornar membro pleno, mas, no mês passado, os Estados Unidos já vetaram uma resolução nesse sentido por ser contra o reconhecimento sem um acordo definitivo com Israel.
A Palestina já é membro “observador” da ONU desde 2012, mas ambiciona o título de membro pleno para participar das instâncias mais importantes das Nações Unidas. Na prática, isso também implicaria o reconhecimento internacional do Estado palestino.
“Colonização e ocupação não são nosso destino, nos foram impostas. Votar pela existência da Palestina é um investimento na paz”, disse o representante palestino na ONU, Riyad Mansour, antes da votação na Assembleia Geral.
O embaixador israelense Gilad Erdan, no entanto, acusou as Nações Unidas de “abrir a porta para terroristas”, em referência ao Hamas. “Esse dia será lembrado com infâmia, vocês estão rasgando a Carta da ONU com suas mãos”, salientou.
Além de Israel, os países que votaram contra o reconhecimento da Palestina são: Argentina, EUA, Hungria, Micronésia, Nauru, Palau, Papua Nova Guiné e República Tcheca.
Entre as potências europeias, a França se posicionou a favor, enquanto Alemanha, Itália e Reino Unido se abstiveram.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.